top of page

O AMIGO INVISÍVEL – PARTE FINAL



 

Finalmente, resolvi dar voz ao meu amigo invisível, o distinto EE, via muita insistência de sua parte e relutância da minha. Na verdade, escrever a crônica não é o principal problema: é o de, depois do aceite, não me sentir no direito de censurá-lo, apesar do espaço ser assinado por mim. Entretanto, no caso do EE, isso significa um enorme perigo. Então, por que aceitei ceder à pressão? Não sei bem, talvez por saber das dificuldades de quem não pode ser visto, nem ouvido e, consequentemente, não expressar as próprias emoções. EE é nitroglicerina — tem língua solta, pensa rapidamente, é tenso, diz que não sente frio nem calor, mas é abafado. Abro aspas a Everaldo Esteves:


“O Marlos Degani é um frouxo. Um borra-botas. É até meu amigo, e é medroso. Imagina o que eu poderia falar que provocaria reação? Vocês não sabem… foi duro convencê-lo para que me deixasse ditar algumas poucas palavras. Meu nome é Everaldo Esteves, sou de outra dimensão, quase atemporal, e fui (sou) testemunha de numerosas cenas.


Ser amigo invisível de alguém é complicado, gente, porque aqui, na Terra Invisível, só temos direito a ter um amigo visível, tão somente. Dei azar danado de escolher o Marlos. Agora já era. É sina e tenho de conviver: é o Marlos ou ninguém.


Mesmo do lado de cá, vejo esse mundo cada vez mais bizarro, todavia saibam, sempre foi ruim, e piorando, em gradações diferentes. O último caô foi a internet, a tal revolução da informação, que veio alicerçada em palitos de dentes do discurso fajuto de aproximação das pessoas, que observamos representar exatamente o contrário: o isolamento cada vez mais neurastênico delas. Aliás, as redes ditas sociais, cobertas de ódio e de gente doente, é um prato cheio para inúmeros debates aqui do meu lado, nas sessões da turma de Antropologia das Redes Visíveis  ̶  As Nuvens de Chumbo da Humanidade.


A primeira situação trágica, no que diz respeito a esse mundo virtual, é por conta daqueles que postam sobre determinados sentimentos pessoais variados e, que diante das armadilhas semânticas do idioma, acabam desvendando, justamente o oposto do que pretendiam dizer e, assim, ficam nus, porém vestidos, exatamente como os que se dizem preocupados com as causas da moda, mas cujas palavras apontam na direção de um nítido discurso mentiroso e desconectado, diante da falta de posicionamento verdadeiro, a fim de transmitir uma mensagem da qual não entendem nada vezes nada (e pensam que estão abafando), e têm a única intenção de aparecer, vaidosamente, para as suas plateias igualmente miseráveis, não no aspecto financeiro, mas sim no espiritual.


Há o outro que se faz de vítima, usando palavras altruístas; aquele lá, que curte a própria postagem; mais o outro que se autoparabeniza no dia do próprio aniversário; os do tipo sem-noção que nunca o viram mais gordo e, creiam, o marcam em postagens (junto dos mais novos e nefastos recursos, quais sejam os do @destacar e @todos), tal se metessem o pé na sua porta; não podemos esquecer dos que dão marmitas mequetrefes às pessoas em situação de rua e, na maior desfaçatez do mundo, filmam o processo, acompanhados daqueles discursos melodramaticamente execráveis, comum aos falsos benfeitores; os que se dizem do bem, de alma boa, numa autoproclamação inacreditável; outros tantos são idólatras ignorantes; muitos outros expõem o espelho de pessoas ruins, baixas, que apenas distribuem ódio e preconceitos variados, em nome da falsa liberdade de expressão; aqueles dos textões “reflexivos”, os antropólogos e cientistas sociais de botequim (ou não) das mídias; os que escrevem a todes, e que não passam de agrupamentos de excrescências compartilhadas feito se fossem a mais pura verdade absoluta das coisas, cheios de “ismos” umbilicais e gritinhos oriundos do mundeco de onde vêm e, claro, os velhos sabichões e sabichonas que veem em você o completo idiota, via a idiotice deles. Enfim, bando de arrogantes, sem a mínima educação. Aguardem todos, digo-lhes, pois as chibatadas virão certeiras e numerosas.


O Marlos diz aqui que o espaço está acabando. Oi? Só abordei a primeira questão. Eu desconfiava. Esmola demais, o santo desconfia. Tchau e obrigado. Quem sabe, uma próxima vez?”.


Eu avisei...


 

Cedro Rosa Digital: Uma Revolução Criativa na Certificação Global




Em um cenário global desafiador, a interseção entre cultura, economia criativa, educação e tecnologia emerge como a força motriz para mitigar desigualdades e impulsionar o desenvolvimento sustentável.


A Cedro Rosa Digital , inovadora no cenário musical, destaca-se ao incluir, no contexto mundial, a certificação de obras e gravações de artistas independentes.


Ao integrar a cultura como agente de mudança, a Cedro Rosa Digital fomenta a inclusão digital e cria oportunidades econômicas. Sua abordagem inovadora combina tecnologia avançada com programas educacionais, capacitando artistas independentes para competir globalmente. Essa abordagem holística não apenas reduz desigualdades, mas também gera empregos e renda de forma significativa.





Cultura, Economia Criativa e Inovação Conduzem a Transformação


A certificação global de obras e gravações promovida pela Cedro Rosa Digital não apenas protege os direitos autorais, mas também coloca os talentos independentes no mapa internacional.




Esse sistema pioneiro não apenas amplifica vozes negligenciadas, mas também promove uma economia criativa mais equitativa e sustentável.


A Cedro Rosa Digital , assim, destaca-se como um farol na convergência da cultura, economia criativa, educação e tecnologia para forjar um futuro mais inclusivo e próspero.

0 comentário

+ Confira também

destaques

Essa Semana

bottom of page