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FORMAÇÃO CIENTÍFICA PARA O NOVO SÉCULO




O século XXI será aquele em que haverá maior interferência da Ciência na vida diária de todos nos sistemas de produção e nas alterações que decorrerão da imperiosa transição energética em praticamente todas as suas formas de uso: na logística de transportes, na climatização dos ambientes, nos processos industriais e demais usos.


Esses fatos deveriam sugerir que um país em processo de desenvolvimento, como o Brasil, devesse estar empenhado na busca de soluções inovadoras em todos esses campos, o que pressupõe um enorme trabalho de pesquisa aplicada sobre as descobertas científicas recentes. De fato, ao olharmos para o que ocorre no mundo, tomamos conhecimento de carros elétricos à bateria, veículos híbridos, trens movidos a hidrogênio, equipamentos de descarbonização atmosférica, pesquisas voltadas à produção de hidrogênio a partir de fontes renováveis, utilização de energia mare-motriz, utilização de células de combustível movidas a gás natural ou hidrogênio, dentre outros avanços.


Não há a menor dúvida que a escala de recursos a ser alocada no desenvolvimento de tais soluções vai superar tudo que tem se investido no passado recente - e os números de engenheiros formados, segundo estatística oficial da UNESCO, demonstram que países como Rússia, China, EUA, Japão, Irã, Indonésia, México, França e outros lideram o ranking. Constatamos com surpresa que o Brasil, segundo tal fonte, não se encontra entre os 10 mais bem colocados, sendo mesmo ultrapassado por outros países em desenvolvimento de população substancialmente inferior. Tal estatística, quando comparada aos números apontados em artigo recente do reitor do ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica, seguramente uma de nossas melhores escolas de Engenharia, torna-se ainda mais alarmantes. Isso porque ele aponta uma redução de vagas ofertadas no Brasil entre 2014 e 2022 da ordem de 50%.


Para um país que necessita de uma enorme criação de empregos que possam gerar produção de bens e serviços de alto valor adicionado, a falta de engenheiros é a sua maior limitação, embora não a única. Na realidade, os engenheiros se constituem um elo essencial em uma longa cadeia que passa pela disponibilidade de matérias-primas, espírito empreendedor, acesso ao mercado de capitais, acesso a mercados nacionais e internacionais, sistemas comercias e logísticos bem desenvolvidos e ambiente amigável para realização de negócios.


Quero focar meu alerta no tocante a este último item: o que é um ambiente amigável? Segundo estudos recentes, um ambiente amigável pressupõe baixo índice de corrupção, estabilidade das leis e regulamentos que disciplinam o ambiente de negócios, razoabilidade, estabilidade e flexibilidade das leis trabalhistas - sem que isso signifique espoliação a diretos dos trabalhadores, ambiente desburocratizado e, por fim, um ambiente cultural onde as pessoas entendam que está no próprio esforço a garantia de um melhor futuro para si e sua família.


Temos visto, infelizmente, proliferarem no Brasil, sistemas de privilégios que se propagam por todos os níveis de governo federal, estadual e municipal. Executivo, Legislativo e Judiciário, que desestimulam qualquer progresso e incentivo voltados a valorizar a meritocracia.


Continuamos a ser aquele país do patrimonialismo, onde o ingresso em novas carreiras e boas oportunidades é restrito àqueles que, por herança ou status na sociedade, vão ocupá-las, em vez de outros que têm mais mérito, mas não tem credenciais de origem, o que foi tão bem descrito por Raymundo Faoro e Hélio Jaguaribe. Por isso, uma ação para reverter essa situação não deve se limitar à mera criação de vagas em várias universidades, o que acaba resultando em formarmos profissionais e cuja primeira providência, uma vez diplomados, é procurar emprego em outro país. O futuro de nossos filhos e netos é aqui mesmo. Isso exige imediata mudança de rumos.


 

Economia criativa, cultura e ciência


A economia criativa, a cultura e a ciência têm desempenhado papéis cruciais no desenvolvimento do Brasil, refletindo-se em diversas esferas. A economia criativa, que abrange setores como música, cinema e design, tem fomentado a inovação e gerado empregos, contribuindo para o crescimento econômico do país. A rica diversidade cultural brasileira tem promovido a identidade nacional e atraído turistas, fortalecendo a indústria do turismo. Além disso, a pesquisa científica tem impulsionado avanços em diversas áreas, como agricultura e energia, melhorando a qualidade de vida da população.


Chiquinho Neto, um grande pianista e compositor! Artista Cedro Rosa.

A Cedro Rosa Digital, uma plataforma inovadora, tem revolucionado o cenário da música independente no mundo. Através de sua abordagem digital, ela conecta artistas independentes brasileiros com um público global, promovendo a diversidade musical e cultural do país. Além disso, a plataforma oferece ferramentas de promoção e distribuição, permitindo que músicos independentes alcancem audiências mais amplas. Isso não apenas fortalece a cena musical independente brasileira, mas também contribui para a disseminação da cultura brasileira pelo mundo, solidificando a posição do Brasil como um centro de criatividade e inovação na música.


Artistas brasileiros da Cedro Rosa, na playlist da Spotify.


A Cedro Rosa Digital é um exemplo inspirador de como a economia criativa e a tecnologia podem impulsionar a cultura e a ciência em um país.


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