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Foi-se mais um bar. Pior: um a menos



“Atenção senhores passageiros com destino às suas casas”



Com a frase acima, a Margarete, costumava “espantar” os

fregueses renitentes avisando que era hora de a casa fechar. Hoje (uma

fatídica sexta-feira) a Adega 79, fechará suas portas pela última vez e é

possível que a frase seja repetida pelo próprio Cérgio (assim mesmo,

com ‘C’). A Margarete não ficou para presenciar o desfecho, viajou. E

nem teremos o tradicional feijão sujo (com carne seca, linguiça e

costelinha) das sextas-feiras, o melhor da cidade, em minha opinião.

Foram dez anos de convívio, de muito papo sobre tudo, de

cantorias boêmias, de aconchego junto aos amigos, de muita pinga da

boa. Muitas histórias começaram ou passaram por ali. Deveria haver

uma lei que obrigasse a todos terem o seu bar de estimação. Mesmo

com um dono rabugento. Quantas vezes o Cérgio nos expulsou, para

poder ir ele, também, encostar o umbigo em outro balcão?!


Fico imaginando o Waldir sem a rotina diária de caipirinhas de

laranja. Nunca menos de três por noite, e em copo longo. Acho que ele

tem fígado de aço inox. E que outro lugar vai abrigar o ‘boca suja’ do

Junqueira com tanta naturalidade? E mais: Foi-se o kit do Ricardo

Ferrugem, o piano imaginário do Cezinha, o vinho do Vander, os bancos

do pessoal da FlyNet, o drink inventado do Gutemberg e o sorriso do

Chiquinho “que passa?”, que à moda Hemingway na Floridita, tinha seu

lugar cativo no balcão.


Escrevo a nota antes do churrasco de kafta feito pelo competente

Maurício da Elisa e que rolou ontem como despedida. Não há como não

lembrar do “Bar Esperança, o último que fecha”, um filme dos anos 80. Vi

duas vezes. Me identificando com alguns dos personagens, “caricaturas

deles próprios” como diz o personagem de Hugo Carvana na briga com

Passarinho (Antônio Pedro). Briga que não chegou a acontecer.

O mesmo Carvana na cena final pergunta a Marília Pêra: “e

agora?” Ela responde: “agora?... não sei”.


E devolve a pergunta a ele que responde: “também não sei”.

A marcha rancho ‘Bandeira Branca’ invade a cena. É o fim, fechou o Bar Esperança.

Fechou a Adega 79. E nós, como cães caídos de um caminhão de mudanças, nos perguntamos: “e agora?”. Vida que segue, diria o saudoso João Saldanha, alguém que

entendia da vida que pulsa no interior do bar nosso de cada dia.


Valeu, Adega 79!

 

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