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Desafios da mudança climática para a agricultura


Marcelo Vieira e Lina Maria Inglez de Souza



Cachoeira em área preservada de fazenda em Além Paraíba, em Minas Gerais

O Código Florestal brasileiro (Lei12.651/12) trouxe novos caminhos à regularização ambiental das áreas rurais e definiu três instrumentos para diagnóstico e planejamento: o cadastro ambiental rural (CAR), os programas de regularização ambiental (PRA) e os termos de compromissos (TCA). Seguindo estes passos é possível promover a conservação ambiental.


A consolidação dessas regras depende da cooperação entre o poder público e as demais organizações civis ligadas ao setor agrícola, que juntos trabalham para a integração da produção agrícola e da conservação dos recursos naturais.


Desde julho, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e os Estados adeptos da solução avaliaram mais de 180 mil processos. A ferramenta desenvolvida pelo Ministério da Agricultura para análise dinamizada do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o AnalisaCAR, de fato gerou forte avanço na verificação dos processos.


O AnalisaCAR permitiu a verificação dos dados de forma automatizada, por meio de mapeamentos georreferenciados. Antes, a análise era feita de forma individual e manual. “A tecnologia garante agilidade e precisão ao processamento. A análise dinamizada faz cruzamentos automatizados, verificando as informações geográficas declaradas pelo proprietário rural”, disse o diretor de Regularização Ambiental do Ministério da Agricultura, João Adrien, em nota.


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Outro aspecto motivador da adequação ambiental é considerar as consequências das mudanças climáticas globais, que trazem forte impacto na produção agrícola, resultando numa maior utilização de recursos, sendo necessário usar cada vez mais defensivos, insumos e água para produzir a mesma quantidade de alimento. Um dos impactos mais fortes da mudança climática reflete-se na produção de água. Hoje desponta uma crise hídrica em várias regiões do Brasil, é mais difícil conseguir outorgas e os programa para reduzir o consumo de água se disseminam.


Tivemos em 2021 desafios extraordinários para nossa agricultura em função do clima, com secas terríveis no início e no final do ano, e geadas muito fortes no inverno. Para produtores de café e cana de açúcar e outras culturas predominantes no Sul de Minas, a perdas foram muito grandes, e teremos perdas também neste ano, mas o impacto foi muito negativo para todas as culturas no centro sul do Brasil.


Este cenário revela uma nova percepção na gestão das propriedades rurais: o produtor deve gerenciar a cadeia produtiva e a produção de água. Hoje o bom fazendeiro reconhece que também tem a função de “produtor de água” e as suas áreas de proteção dos recursos hídricos devem ser consideradas e manejadas conforme a necessidade.


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Produzir água significa potencializar o abastecimento dos lençóis freáticos, nas zonas de recargas de aquífero, tais como: as nascentes, cursos d´água e os divisores de água. A conservação e produção das águas é feita pela manutenção das florestas nativas, que são verdadeiras “fábricas de água”, pois ajudam conduzir as chuvas para os lençóis freáticos e protegem o solo contra erosão e assoreamento de rios.


Atualmente grande parte das APPs e reservas estão em estado crítico. O desenvolvimento rural trouxe a esses ecossistemas um processo chamado de fragmentação de habitats. Significa que hoje as florestas estão fragmentadas e com altos riscos de desaparecer, devido a perda de diversidade biológica e genética que inviabilizam a permanência das florestas.

Os fragmentos florestais estão degradados pela competição com espécies invasoras e o efeito de borda, que é a mortalidade de árvores causado pelos cipós que proliferam nas bordas e clareiras da floresta. Os cipós crescem de forma descontrolada e dominam as árvores que secam e caem. Hoje a infestação por cipó é uma das maiores causas de mortalidade de árvores nas florestas nativas.



Lina Maria Inglez de Souza

Sendo assim, as áreas de conservação encontram-se na grande parte com vegetação descontínua, com baixa diversidade, variabilidade genética comprometida e com alta infestação de espécies invasoras (gramíneas e cipós). Do ponto de vista da fauna, a consequência ainda é pior, pois a escassez de alimentos resulta no aumento das taxas de extinção. Além disso, citam-se os problemas caça, pesca e fogo. Portanto, recuperar e conservar as florestas é uma ação chave no combate as mudanças climáticas e contribui efetivamente à produção da água.


Em resposta a esse cenário ambiental, torna-se prioridade reunir esforços que aumentem a sustentabilidade da paisagem agrícola, promovam a diversificação do sistema de produção e do manejo das áreas de conservação a fim de aumentar a biodiversidade e garantir a manutenção dos recursos hídricos e demais serviços ecossistêmicos.


Recentemente, a ideia de Agricultura Climaticamente Inteligente tem sido difundida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que as estratégias de manejo agrícola considerem a resiliência as mudanças climáticas, a neutralização e a redução da emissão dos gases efeito estufa.


O Governo de Minas Gerais desenvolve importantes programas de recuperações de bacias hidrográficas, para incentivar a construção de barragens e terraços , e uma importante ferramenta , a metodologia ZAP para evoluir no zoneamento ambiental e produtivo.

Também é preciso desenvolver iniciativas que viabilizem economicamente os compromissos ambientais da agropecuária, como o pagamento por serviços ambientais, a implementação de mecanismos de crédito de carbono, a compensação ambiental, o desenvolvimento de sistemas agroflorestais e outros incentivos que ofereçam um caminho sólido para a multiplicação das ações que promovam a sustentabilidade ecológica nos sistemas agrícolas.


Marcelo Vieira

 

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Tuninho Galante e Marceu Vieira




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