Brasil Bate Novo Recorde na Reciclagem de Alumínio e Inspira Debates sobre Economia Circular
- Redação 
- 5 de out.
- 3 min de leitura
País mantém a liderança global ao reciclar 97,3% das latas em 2024, mas especialistas alertam para a necessidade de outras estratégias de reaproveitamento de materiais.
O Brasil reafirmou sua posição de líder global na reciclagem de alumínio ao reciclar 97,3% das latas de bebidas em 2024. O número equivale a 33,9 bilhões de unidades, segundo dados da ABAL e Abralatas.
Esse desempenho, que marca 16 anos consecutivos com taxas acima de 95%, é um reflexo de uma cadeia de valor eficiente, que envolve fatores econômicos, logísticos, regulatórios e, principalmente, a fundamental contribuição dos catadores de materiais recicláveis.
Pedro Prata, gerente sênior de Instituições e Políticas para a América Latina na Fundação Ellen MacArthur, destaca o papel central dos catadores, estimados em 800 mil no país, para o sucesso da operação. "É importante reconhecer esse feito, porque mais uma vez o Brasil se destaca. Sem o trabalho deles, dificilmente chegaríamos a essa taxa tão alta", afirma.

No entanto, o especialista ressalta que o índice histórico também levanta um debate crucial sobre a economia circular em outros setores. "Enquanto outros materiais, como o plástico, não têm esses mesmos índices de reciclagem, o que demonstra barreiras na valorização dos materiais, precisamos estimular também outras estratégias para mantê-los em circulação, além da reciclagem", explica Prata, defendendo modelos como a reutilização para garantir que o valor econômico dos materiais seja mantido por mais tempo, gerando empregos mais valorizados.
Relatório Propõe Relação Sustentável entre Alimentos e Amazônia
Estudo aponta que o modelo atual de produção na região é responsável por desmatamento, mas práticas como a agricultura familiar e sistemas agroflorestais oferecem um caminho de regeneração.
Um relatório recente, intitulado “Sistemas Agroalimentares e Amazônias”, elaborado pela rede Uma Concertação pela Amazônia e pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), destaca o sistema alimentar atual como uma das principais causas do desmatamento e das emissões de gases poluentes no Brasil. Apesar de ser uma potência em produção, a região ainda enfrenta desafios para garantir a segurança alimentar da própria população.
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O documento aponta que a chave para reverter esse cenário está em práticas sustentáveis, como a agricultura familiar e os sistemas agroflorestais (SAFs), que podem conciliar produção de alimentos, geração de renda e conservação da floresta. Exemplos de sucesso, como o consórcio de mandioca, castanha e açaí, demonstram a viabilidade de manter a floresta em pé enquanto se produz de forma rentável.
Victoria Almeida, gerente de programas para a América Latina na Fundação Ellen MacArthur, reforça a importância da abordagem regenerativa. "O sistema alimentar é responsável por uma parte significativa das emissões globais, e nele podemos encontrar a chave para mudar esse cenário", comenta. Ela cita o design circular de alimentos como uma solução, onde empresas criam produtos com ingredientes diversificados, de menor impacto e produzidos de forma regenerativa, gerando demanda por uma nova economia.
Almeida menciona empresas como a Horta da Terra e a Mahta, que utilizam superalimentos amazônicos e subprodutos da cadeia de valor, demonstrando que a abordagem de design circular é mais efetiva para o clima e a biodiversidade. "O poder público tem um papel fundamental em facilitar a amplificação desses modelos de produção regenerativos", conclui, destacando o papel de incentivos e compras públicas para impulsionar a transição.
Inclusão Cultural É Também Inclusão Econômica
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