Avaliando Candidaturas
Nada mais natural quando se precisa escolher algo relevante em nossas vidas, como a carreira profissional, com quem partilhar a vida, a escola a matricular os filhos, o médico para uma situação complexa, o apartamento a adquirir , em suma algo de grande importância, recorrermos a um processo racional, pesando os fatores pró e os fatores contra, em busca do ótimo possível.
Todos aprendemos que certas decisões não devem se dar de afogadilho, apenas em função de impulsos ou intuições, e menos ainda em função de considerações levianas ou interesses imediatistas. Elas trarão consequências para nós e para os outros.
No plano empresarial há tempos atrás, a revista The Economist, por meio da sua unidade de Inteligência, conduziu uma pesquisa sobre a melhor maneira de avaliar executivos de empresas. Executivos são pessoas que recebem um mandato dos acionistas ou dos Conselheiros de Administração, para efetuar determinadas tarefas que levem a empresa a lucro no curto prazo, satisfação dos stakeholders e sustentabilidade no longo prazo.
O resultado foi, de alguma forma surpreendente: o bom executivo era aquele capaz de implantar o que se propunha. Se dava certo ou errado, se a ideia era dele ou não, pouco importava. Ideias, projetos, planos podem ser estudados por terceiros, por empresas de consultoria, assessores. O que importa é que existindo uma tarefa definida , ser capaz de implementá-la. Se der errado, corrige-se e se tenta outra vez.
No plano das escolhas políticas para cargos executivos isso evidentemente não basta. O candidato a um cargo político executivo deve ter , em primeiro lugar, a capacidade de propor e a identidade com as ideias que propõe . Isso pode ser avaliado na coerência do que ele representa para o eleitorado. Alguns acham que fazendo movimentos de última hora, trocando de partido, enviando manifestos, e aliando-se com velhos adversários, podem substituir o retrato anterior de suas vidas. Não podem.
Podem até enganar o eleitorado numa eleição ou duas mas não se auto enganam e nem a quem tem o mínimo senso crítico. Bons programas de trabalho, boas ideias e um histórico de coerência pessoal devem ser buscados pelo eleitorado. Democracia é defender o que se acredita.
E aí passamos para o segundo ponto: qual a capacidade real de implantar aquilo que o candidato propõe? Que histórico de experiências e realizações ele pode apresentar? Ninguém vira administrador de máquinas complexas como são Prefeituras, Estados ou o País da noite para o dia. Se nenhuma grande empresa coloca na cadeira de Presidente um inexperiente gestor, mais necessário ainda o cuidado na escolha de executivos públicos.
Esse gestor político tem que saber escolher gente boa e competente e fazer delas um time coeso, criar solidariedade e uma filosofia de trabalho, de superação, de alcançar o MAGIS, a busca permanente da excelência. Isso porque no caso o "patrão" é um povo heterogêneo, com subgrupos de interesses às vezes conflitantes e que precisam delegar confiança ao escolhido durante um certo prazo, - o mandato - para que este cumpra o seu papel, ou seja, implante com sucesso o programa derivado das suas idéias. Quando isso ocorre, o político tende a ser respeitado e reconhecido.
O que temos visto é o debate no plano de apresentação de idéias, projetos castelos no ar e pouca capacidade de pô-las em prática. Quando se olha para os companheiros do candidato, seus possíveis auxiliares para fazer o que se propõe, o quadro é em geral desalentador. Eis que surgem, aqui e ali, esperanças. Ainda longínquas cintilações , luzinhas que começam a se aproximar de um cenário ainda escuro. Felizmente há uma pessoa que atende a ambos os requisitos acima. SIMONE vem aí. Vamos com ela. É a melhor, disparado.
José Luiz Alquéres, para o portal CRIATIVOS!
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