Voto na Plataforma

15 de set. de 2022

Minha amiga Antonia Leite Barbosa é candidata a Deputado Federal pelo Cidadania. Tenho propagado por convicção e por amizade que meu voto será dado a ela. De vez em quando, me olham com espanto e perguntam: Por que votar em alguém tão jovem, pouco experiente nas barganhas eleitorais? Respondo a ela e aos meus leitores por aqui. Quem sou eu para convencer alguém a mudar de idéia neste campo, mas trago aqui algumas razões que Antônia me expôs . Ela me convenceu, quando eu procurei dissuadi-la. E ela tem tudo para ser uma excelente deputada.

Música brasileira de alta qualidade, na playlist do Youtube.

Se olharmos o contexto veremos que a Câmara precisa de pessoas educadas, honestas, dispostas a um enorme sacrifício pessoal e a um constante aprendizado e com a capacidade de ocupar um espaço de liderança frente ao público. As causas a se dedicar para isso são muitas. Às vezes olhamos para o Brasil e vemos que está tudo a ser feito. Ou refeito. Um candidato a deputado nesta fase tem que focar. Não pode querer abraçar o mundo. E Antônia focou na mais importante das causas: a mulher. A mulher é este ser que no Brasil do Século XXI ainda é relegada culturalmente a uma posição do Século XIX, do ponto de vista econômico ao Século XVIII e do ponto de vista do respeito devido ao seu sexo à pré-história. Ela continua a vítima das maiores discriminações e preconceitos, assediada, culpada, condições que se agravam pela desigualdade social, pela grandeza que seu amor à prole a faz conformar-se a situações dolorosas e, se ainda por cima, se for preta ou objeto de qualquer outra forma de preconceito sistêmico, pior ainda, mais sofrimento. A plataforma da Antônia é simples: lutar contra isso. Ela está armada da melhor ferramenta, sua capacidade de ouvir, estudar, analisar, fazer propostas e convencer seus pares a adotá-las... Acabo de ver a lista dos possíveis eleitos a deputado federal no Rio de Janeiro. É de chorar . Salvo meia dúzia de bons, nossa bancada manterá a tradição de ser uma das piores do Congresso, sem ética, sem comprometimento, sem capacidade de articulação ou força nas decisões. Mas certamente hábeis na defesa de seus interesses próprios. Mas temos a oportunidade de mudar isso, pois Antonia, como alguns outros são diferentes. Ainda há tempo de deixar mais evidente a pauta de mulher que todos gostaríamos que o Congresso aprovasse . Proponho a seguir uma lista, mas recomendo à Antônia que os trate na sua ordem , com jeito de quem sabe convencer. O primeiro bloco deve ser a Identidade da Mulher. Diminuída por séculos ela deve ter assegurado o conjunto de direitos que derivam da sua natureza. Absoluta igualdade civil. Não receber qualquer restrição no que se trata de respeitar suas características físicas ( direito a três dias de folga por mês no período menstrual). por exemplo, direito à licença maternidade por 9 meses, e horas adicionais para quem estiver amamentando até 1 ano e meio de idade do bebê. E respeitá-la no que bem resume a frase: meu corpo, minhas regras.

Estado Maridos Religião não podem interferir nas suas decisões íntimas. . Podem fazer lá suas propagandas, mas jamais invasivas, preconceituosas, geradoras de atendimentos diferenciados ou rotulações . Parece estranho? Os homens gozam disso tudo, naturalmente... A segunda dimensão é no trabalho. Composição do quadro de chefias intermediárias, superiores. de diretorias e de Conselhos absolutamente paritárias em qualquer empresa. Pode-se criar um plano de atingir isso progressivamente, sendo 60 /40 nos primeiros 4 anos e 50/50 do oitavo em diante. Programas de treinamento diferenciados, cotas nas faculdades, salários iguais e por aí vai. , Compor isso evidentemente sem prejuízo do mérito, via muito treinamento. Por fim, na vida pública várias medidas estão sendo aplicadas para favorecer candidaturas femininas, embora os partidos políticos , como sempre, já estejam estendendo a filosofia do laranja para criar as laranjas. As falsas candidatas. Disso vocês mulheres saberão se defender, mas o importante é termos um congresso 50% feminino eleito em 2030. Formem quadros, ensinem política, ciência (além de português e matemática) e façam valer suas inerentes qualidades éticas. O mundo agradecerá.

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