UTILIDADE LÚDICA

RESOLUÇÃO DE OUTONO
As manhãs de outono costumam brindar nossos dias com beleza e esperança. Subindo a Serra dos Órgãos para uma visita ao parque de mesmo nome, deparei-me na estrada com uma paisagem 4k das sucessivas silhuetas do paredão rochoso; elas formavam uma mão poderosa, erguendo ao fundo o famoso Dedo de Deus, ponto turístico de Teresópolis, mas que pertence a Guapimirim.
A paisagem era tão nítida que o ar parecia flutuar num led divino que encantava até os animais desavisados e quietos às margens da rodovia. Dava show na imagem 4k dos streamings caros das modernas smart tvs. Descobri, então, que quem inventou a resolução foi a natureza. A atmosfera parecia ter se banhado de transparência para desfilar sobre o carnaval de cores da Mata Atlântica que, no contexto, não se fez de desavisada e caprichou nos detalhes.
As fake news pareceram mais doentias do que são, tão necessitadas da mentira analógica de uma cegueira ultrapassada, na qual os detalhes poéticos passam desapercebidos e o medo do belo cria a lama para não refletir a Lua em sua alta resolução de mistérios. Enfim, há mais pobrezas entre o céu e a terra que nossa vã filosofia possa conhecer.
Mas retornando à tecnologia natural das nossas paisagens, a vontade foi ficar se deleitando no sofá do leito do rio Iriri, só citei esse rio pelo seu belo e sonoro nome mas nunca me sentei em suas margens. Foi apenas uma metáfora, uma licença poética para tornar o texto mais insinuante; para deixar que a luz do led mais poderoso arrancasse elétrons invisíveis da clorofila das folhas para dar continuidade a tudo o que está vivo e tornar a experiência um fato, uma verdade inquestionável, despida do horror dos ditadores e míopes sociais: a beleza.
Nossos povos ancestrais, com certeza, andaram às margens do Iriri e usufruíram de uma resolução ainda mais límpida, mais precisa. Viveram imersos numa atmosfera em led 8k que os japoneses só descobriram agora.
Essa gente que nos antecedeu, sentiu a nudez de seus corpos coberta por uma nitidez ainda mais definida, uma sensação high definition da realidade natural de um mundo que não pode acabar, que precisa vestir o espírito das novas gerações, principalmente das crianças que andam nuas por aí, mesmo que vestidas com os apelos dos shoppings fechados e decorados, que fazem esquecer a nudez suprema, a nudez extrema, a nudez-nudez.
A Economia Criativa pode desempenhar um papel fundamental na revitalização e no desenvolvimento de cidades, especialmente ao criar polos integrados que promovam emprego e renda para criadores e artistas locais.
A Cedro Rosa Digital pode contribuir nesse cenário ao oferecer certificação e distribuição de música, ajudando a promover os artistas locais e a ampliar seu alcance.
Além dos segmentos mencionados, outros setores que podem ser incentivados incluem:
Música de alta qualidade, na Cedro Rosa / Youtube.
Moda: Incentivar a produção local de moda sustentável, valorizando técnicas tradicionais e materiais locais.
Design: Estimular o design local, tanto de produtos quanto de ambientes, incorporando elementos culturais e sustentáveis.
Audiovisual: Apoiar a produção de filmes, séries e conteúdos digitais que valorizem a cultura local e promovam a diversidade.
Turismo Criativo: Desenvolver roteiros turísticos que valorizem a cultura, arte e gastronomia local, envolvendo a comunidade criativa.
Gastronomia: Promover a culinária local, valorizando ingredientes regionais e técnicas tradicionais, criando experiências gastronômicas únicas.
Arquitetura e Urbanismo: Incentivar projetos de revitalização urbana que valorizem a identidade local, incorporando arte e design nas intervenções.
A Cedro Rosa Digital pode ajudar a organizar e promover essas iniciativas, oferecendo plataformas para a divulgação e comercialização dos produtos e serviços criativos locais, além de criar conexões entre os diversos segmentos da economia criativa.
A Arte de Receber, podcast Cedro Rosa / Spotify com Cecília Borges
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