Sem saber, tomei decisão acertada.
Deixa eu começar do início: durante minha infância e adolescência, passava as férias de verão e inverno no sítio do meu avô em Itaipava (acreditem, as férias iam de dezembro à fevereiro e julho inteiro!). Isso era tanto tempo, que certa vez, ao chegar em casa das férias, entrando no meu quarto, fui acender a luz na parede e o interruptor tinha sido deslocado – surpreendentemente – para mais abaixo de onde minha mão sempre o encontrava. “Ué?” pensei eu, “moveram o interruptor para baixo... por quê?” Logo percebi que eu havia crescido muito (tanto era o tempo que passávamos no sítio). Por isso o interruptor parecia estar mais baixo: o tal do estirão da adolescência...
Desfrutei grande parte de minha vida naquele paraíso. De manhãzinha ia na cocheira – onde as vacas já estavam em sua labuta matutina – e “ajudava” Seu Cândido a tirar o leite. Às vezes levava na canequinha de ágata, o chocolate em pó para misturar com o leite cru, espumante e quentinho que vinha da teta. Ao lado ficavam os cavalos (ah! Mimoso... que saudade de sua marchinha), e havia também o burrinho que puxava a carroça que levava a molecada a passeios cheios de aventuras e inesquecíveis piqueniques. O burrinho não tinha nome, era apenas o Burro.
O sítio tinha galinhas, porcos, gansos e coelhos para entreter a gurizada. Levei muitas corridas dos gansos que são verdadeiros cães de guarda. Fazíamos muitaspescarias ao redor do lago onde viviam tilapias do Nilo, black bass, carpas e carás. Tinha até barco a remo, muito bucólico. Cada um tinha seu local preferido para pescar num canto qualquer do espelho d’água. Passávamos as manhãs do verão em banhos napiscina, onde haviam dois trampolins, um mais alto do que o outro. Os mais velhos saltavam deste, para mostrar sua coragem. Inúmeros passeios de bicicleta também distraiam a meninada. Lembro que certa vez ganhamos de Natal, farol que iluminavanosso trajeto, dependendo da rotação da roda da bicicleta. Quanto mais rápido, mais luz. Saíamos à noite em bando, cada um com seu farolete iluminando o caminho. Era emocionante. Aquela escuridão ao redor e nós alumiando a estrada de chão batido. Quando parávamos mortos de cansaço, o negrume da noite e da mata ao redor com seus ruídos estranhos e desconhecidos, tomava conta do imaginário infantil. Aí dava ummedão e, gritando para espantar os fantasmas imaginários, recomeçávamos a pedalar,apesar de exaustos... ninguém queria ser o último.
Um pouquinho mais velhos, experimentamos a primeira tragada num cigarroContinental sem filtro. A primeira bebedeira resultou em vomitório geral de vinho Sangue de Boi. Bem-aventurada época, sem dúvida, a não ser quando as férias acabavam.
Mas um dia o sítio foi vendido e eu já andava lá pela casa dos trinta. A família cresceu e se todos resolvessem viajar no mesmo fim de semana, já não havia mais espaço, apesar dos 10 quartos. Só de primos e primas éramos 17, fora amigos e amigas e – depois de mais crescidos – namoradas e namorados.
A tristeza tomou conta de todos. De minha parte passei dois anos amargando uma sensação de abandono, carregado com uma nostalgia até então, desconhecida. Cheguei a fazer terapia para entender a razão daquela melancolia. E a descoberta foi o vácuo emocional causado pela ausência da proximidade com a Natureza. A vivência com a essência da realidade planetária me fazia muita, mas muita falta. Explico: acredito que a Natureza é o mais próximo que temos da Criação. No início dos tempos, há milhões de anos era assim e hoje permanece assim. Só muda quando este egocêntrico e ignorante bárbaro chamado Homem, interfere.
Mas enfim, ao descobrir a razão do abatimento que estava me corroendo a alma e causando aquele desânimo, decidi encarar de frente meu futuro e saí à cata de minha própria terra para o tão esperado reencontro.
E por que o título, lá em cima que “Sem saber, tomei decisão acertada?” Pois foi quando esta resolução me fez redescobrir o meu verdadeiro eu. Aquele EU que viveu tanto tempo junto às manifestações espontâneas do Universo através da Natureza.
O sítio do minha infância foi meu ritual de iniciação, hoje, mais calejado eexperiente, conheço a Natureza com um pouco mais de intimidade, muito respeito e compreensão. Procurei muito pela terra, passei por mais de 12 cidades e suas zonas rurais. Meu coração disparava a cada nova propriedade visitada. Sentia que este era o caminho, só não tinha ainda topado com ela. Tinha que ter meu pedaço de chão com a expressão da consciência do meu espírito vital. Até que um dia, um ano após o início das buscas, dei de encontro com meu futuro. Não há razão específica, apenas soube que era ali. Não tem explicação. E cá estou há 40 anos.
Apesar das previsões pessimistas de Orwell, 1984 foi um ano de uma grande revelação. A aquisição deste meu bem-querer foi uma convergência quase mística. Desde então exerço minha integração e compartilhamento com a Natureza. Não tenho a disponibilidade do meu avô. Sei que fui privilegiado e muito agradeço. Não tenho vacas, nem galinhas, gansos nem pensar. Minha casa é uma casa de colono. Mas estou inserido na mata-Atlântica fazendo e me sentindo parte deste todo. A paz e a conciliação prolongam a harmonia, contrastando com a perturbadora desordem que reina mundo afora. Continuo sendo privilegiado, só que desta vez aprendi minha lição efui atrás.
Medito no momento do sol nascente, de frente para uma floresta esplendorosa. Otrinar dos pássaros que se animam para mais um dia, quebram o silêncio da noite que se vai. E quando também me for, sei que vou deixar para quem vier depois de mim, um legado abençoado.
Cedro Rosa Digital: A Evolução da Música Independente no Século 21
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De Dubai a Lisboa, Cedro Rosa no Mundo
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