RECORTES DO APESAR DE TUDO

Lá vem esse cara, novamente, falar de saudade e nostalgia. O fator tempo, mesmo com suas idiossincrasias misteriosas, fala muito alto no alto dos meus 55 anos, apesar de saber que este tempo é o meu agora e hoje. Não sinto nostalgia alguma, mas, sim, saudade de coisas que a contemporaneidade engoliu por completo. E nem são fatores, digamos assim, importantes ou essenciais: são hábitos sociais desaparecidos.
Um deles: não consigo me conformar com esse protocolo chatonildo das partidas de futebol, de uns bons anos para cá. Os times entram em campo juntos, e com a hipocrisia tácita em nome do falso Flair Play, impedindo a torcida de saudar o seu time, cada qual na sua vez. A reboque, veio essa medida da torcida única, por conta dos bandidos travestidos de torcedores que frequentam o futebol. É mais fácil impor paliativos, em vez de um trabalho sério e preventivo. Coitado do Brasil.
Reparem que essas mudanças vieram aderidas ao afastamento das classes menos favorecidas dos estádios, porque o ingresso de partidas importantes ou decisivas, dificilmente saem por menos de 150 reais, no barato. Então, qual chefe de família assalariado tem condições de ir e de levar seu filho ou filha, a um jogo de grande apelo? Nadica de nada. Zero chance. Dinheiro para pagar planos de sócio-torcedor? Sonhem...
Sinto saudades também dos grandes bailes de sábado nos clubes dos subúrbios cariocas, pois foram substituídos pelos “bailes” comandados por traficantes desfilando seus armamentos de guerra no meio de um ambiente opressivo, autoritário, de exploração sexual e comportamental de jovens e adolescentes, e o consumo liberado (e pago, claro) de drogas sortidas: álcool à vontade, maconha, cocaína, loló, crack y otras cositas más. Noves fora as músicas (?) vociferantemente agressivas, de contextos sexuais misóginos e de péssimo gosto, chamadas criminosamente de “funk”. Tem muita gente boa por aí que acha isso bonito. A humanidade, enfim, não nos surpreende mais.
Não quero ser ou parecer aquele velho anacrônico, mas quem suporta essas novas “vozes” da música brasileira, fininhas, pseudo frágeis, agudas e desafinadas. Quem aguenta a Ana Carolina da safra dos vozeirões empostados ̶ assassinar por completo Coração Selvagem do Belchior? Dos crimes de regravação da tal Mart’nália, já comentei por aqui ̶ e o pior: ela só escolhe os clássicos imortalizados nas gravações originais ̶ e... Bum! Mata-os, impiedosamente.
Vejo crianças de dois anos arrastando seus dedinhos pela tela dos celulares e não consigo considerar essa coisa como parte da normalidade atual. A internet que, desde a discada, prometia nova era de aproximações, simplesmente tornou-se, predominantemente, um mar de mentiras, enganações e de falta de respeito dessa cambada trilhardária das Big Techs, que surfa na impunidade de seus anúncios criminosos, extorsões com toda a fortuna imperiosa de suas mãos lavadas. Interessa, tão somente, o dinheiro irascível de quem quer que seja ̶ não importa a enganação explícita. Eles estão fazendo montinhos para vocês.
Sou da Geração do Meio, segundo Ruth de Aquino, e até respirar é custoso para mim, nessa época trevosa. Entretanto, estou no lugar certo e na hora certa, apesar da CBF, da Mart’nália, da Ana Carolina e do MC Qualquer Coisa.
E toda a regra tem exceção, certo?
A criação de um hub de audiovisual, cultura e economia criativa pode impulsionar significativamente o desenvolvimento social e econômico de uma região.
Ao fornecer um ambiente propício para a produção e disseminação de conteúdo criativo, esse tipo de hub pode atrair investimentos, gerar empregos locais e promover a diversidade cultural.
Exemplos ao redor do mundo incluem o Silicon Valley nos Estados Unidos, conhecido por sua concentração de empresas de tecnologia e inovação, e o Distrito das Artes de Londres, que abriga uma variedade de galerias, estúdios e empresas criativas.
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