Paulo Cesar Pinheiro é um monumento que anda. E compõe. E faz poesia. Que bom!
Outro dia falei aqui sobre a figura do compositor - e para que não esqueçam, dia 7 de outubro é o Dia do Compositor. Quem sabe, alguém promove um grande evento para homenagear esse personagem, que costuma ser deixado de lado.
O compositor parece um pouco com os que atuam nos bastidores dos espetáculos, tem muito a ver com o que está acontecendo no palco, mas passam despercebidos. Claro que com as exceções de praxe.
Há os compositores que são também intérpretes e aparecem, ou aqueles, como um mostro sagrado feito Paulo Cesar Pinheiro, que tem mais de mil músicas gravadas. E uma montoeira de sucessos. Não há como passar despercebido.
Rozana, minha irmã mais velha, costuma me enviar diariamente pelo WhatsApp uma mensagem de bom dia, geralmente com alguma imagem, um filme, complementando a mensagem. Algumas engraçadas, outras solenes.
Semana passada, não recordo exatamente o dia, ela enviou uma postagem que começa com a imagem de uma linda revoada de flamingos, seguida de revoadas de outras aves. Bonito mesmo. Mas o que mexeu comigo com força foi a canção que acompanhava as imagens: Viagem, de João de Aquino e Paulo Cesar Pinheiro, na voz de Marisa Gata Mansa. Emocionante. Adoro a canção desde a primeira vez que ouvi.
Essa música tem algo que transcende. E há tempos não ouvia. Falei com Rozana e ela me disse que chora toda vez que a ouve. E lembrar que o letrista e poeta Paulo Cesar Pinheiro, tinha 14 anos quando a escreveu.
A música ficou grudada na mente por todo o dia. E no dia seguinte. Lembrei de uma noite em São Paulo que fui apresentado ao mestre, pelo Marcel Powell. Um amigo aqui de Resende, o André Whately, que é ator entre outras coisas, um dia me apresentou ao Marcel. É que o André comanda, encena e dirige há trinta anos um espetáculo poético, teatral e musical intitulado ‘Vinícius de Moraes é... demais’, em que ele mostra parte de vida e obra do poetinha, a partir dos quatro grandes parceiros: Tom, Baden, Carlinhos Lyra e Toquinho. Numa dessas, o Marcel viu o espetáculo, gostou, ficou amigo do André e até já participou de algumas edições.
Em 2006, a convite do Marcel, eu e André (que foi quem me reavivou a memória) fomos a um espetáculo no qual um grupo de instrumentistas e cantores homenageava o grande Baden Powell. Foi no Sesc Pompeia. O Duofel esteve à frente da homenagem que contou ainda com: Chico Pinheiro, Paula Morelenbau, Yamandú Costa, Natan Marques, Quarteto Maogani, Marcel Powell, logicamente, e o nobilíssimo parceiro, Paulo Cesar Pinheiro. Findo o espetáculo e já nos bastidores, Marcel me apresentou ao compositor. Foi só um aperto de mão, mas na mente rolou aquela fantasia delirante, “será que há um tipo de osmose que promova a transferência de, ao menos, uma migalha de talento?” Não. Claro que não. A osmose tem seus limites. E se essa dúvida persistisse, eu estaria hoje no Livro dos Recordes. Há 17 anos sem lavar a mão.
“Ó, tristeza, me desculpeTô de malas prontasHoje a poesia veio ao meu encontroJá raiou o dia, vamos viajar
Vamos indo de caronaNa garupa leve do vento macioQue vem caminhando desde muito longeLá do fim do mar
Vamos visitar a estrela da manhã raiadaQue pensei perdida pela madrugadaMas que vai escondidaQuerendo brincar
Senta nessa nuvem claraMinha poesia, anda, se preparaTraz uma cantigaVamos espalhando música no ar
Olha quantas aves brancas, minha poesiaDançam nossa valsa pelo céu que um diaFez todo bordadoDe raios de Sol
Ó, poesia, me ajudeVou colher avencas, lírios, rosas, dáliasPelos campos verdesQue você batiza de jardins do céu
Mas pode ficar tranquila, minha poesiaPois nós voltaremos numa estrela-guiaNum clarão de LuaQuando serenar
Ou talvez até quem sabeNós só voltaremos no cavalo baioNo alazão da noiteCujo o nome é Raio, Raio de luar” (Viagem-João de Aquino/Paulo Cesar Pinheiro)
CD 40 Anos do Clube do Samba, com Paulo Cesar Pinheiro, Didu Nogueira, Diogo Nogueira, Gisa Nogueira, Mart'nalia... Discos Cedro Rosa, escuta a playlist na Spotify.
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