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Foto do escritorEdson Gargamel

PARA ONDE FOI O POR QUÊ?


fonte: Edson Gargamel

Por quê? - locução que pronunciamos há bastante tempo. São milênios de usos e abusos. Ledoras, ledores e estudiosos da alma humana afirmam que perguntar é algo que nos distingue de outros seres sensíveis. Somos incontinentes perguntadores e, acrescentaria, respondedores.

Todo mundo, no meio disso, conhece aquela pessoa que não deixa pergunta sem resposta. Mesmo que não dê a correta, responderá com aquela loquacidade alquímica, que faz mentira parecer verdade. Ainda tem aquele sujeito mais ousado, que, dependendo da pergunta, encaixará alguma resposta custe o que custar. Poderá recorrer a ideias metafísicas, à mecânica quântica, ao bater de asas da borboleta e tantas outras esotéricas. O que não pode é deixar de dar uma resposta.  


Por que o mundo é do jeito que é, por exemplo, é a pergunta que alimentou a paz e a guerra. Para ela tem respostas mitológicas, religiosas e científicas. Foi obra de um Demiurgo, é coisa do Primeiro Motor, foi coisa de um Deus ou de Deuses, a Panspermia explica, foi o Big Bang, foi a Inflação Cósmica, foi a evolução e seleção natural das espécies ... Há uma variedade de por quês, contudo, nenhum consegue convencer de maneira incontestável. Mas também temos perguntas para banalidades da vida.


Não tem jeito, a curiosidade é vital para o nosso existir. Não importa se foi no Éden, em algum ponto da nossa evolução ou num canto obscuro do universo. O fato é que, de por que em por que, entre o cru e o cozido, do fogo à bomba de hidrogênio, da erva medicinal à vacina, chegamos aqui. O por que aparece em diferentes situações e por diferentes motivos. Seja para amainar a curiosidade ou para entender um pouco do mundo. Surge também em momentos de aperto, e por aí vai.

 

– Por que isso aconteceu comigo, dr.?  

- Senhor, por que eu?

- Por que existe algo ao invés de nada?

 – Por que o Sol esquenta?

- Por que é assim e não de outro modo?

-Por que vemos o céu azul?

 

Mas vejo que o por que perde importância para o como. Não é preciso saber o por que para saber o como. Ambos, conjunção interrogativa e advérbio de modo, têm vida autônoma. A importância de cada um, depende do momento, da configuração do mundo, da última moda. Em um mundo mais pragmático, com tantas tecnologias, onde o dinheiro é tudo, enquanto o por que eclipsa o como vira majestade.

 

- Como posso chegar lá?

- Como posso ser feliz?

- Como essa coisa funciona?

- Como posso dar um golpe?

- Como viver mais?

 

Atribuo parte dos nossos sufocos à importância dada ao como. No meio de toda essa agitação, de tanta pressa, de likes e redes sociais só se quer saber do como. E pior, qualquer resposta, de todo tipo, para um mesmo caso, é suficiente para satisfazer o desejo de saber como. Será que as pessoas estão menos exigentes, mais modestas? Noto que o por que está escasso até entre crianças e no meio filosófico.

Sei não, perdoe meu sincero pessimismo, esse poder dado ao como, no meio de uma seca de por que, não terminará bem.



Edson Gargamel para CRIATIVOS!

 

 

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