OS PINGOS NOS iiS
1 - A CIDADE DA MÚSICA
Há cerca de duas semanas, perguntei ao Ex-Tri Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro - e seu atual Vereador - Cesar Maia se havia alguma chance de a CIDADE DAS ARTES – 16 de Maio de 2013 - voltar à denominação de CIDADE DA MÚSICA, com que fora inaugurada quase 5 anos antes da modificação, em 26 de Dezembro de 2008. E o velho Amigo e Companheiro de PDT – de Brizola e Darcy Ribeiro - me respondeu que a “chance” era... nenhuma.
Na verdade, eu já venho administrando este conflito íntimo há uns bons anos, mais precisamente, desde o dia em que o Arquiteto Ricardo Macieira – à época, Secretário de Cultura da gestão Maia – confirmou os rumores sobre a lamentável e lamentada troca de nome.
Objetivamente – sem achismos – não considero qualquer possibilidade de estratificação das expressões artísticas em diferentes graus de importância. Absolutamente. Mas – ainda objetivamente – não há como ignorar os diferentes graus de REPRESENTATIVIDADE das ARTES, no Quadro da Cultura Brasileira em geral e, muito particularmente, da Cidade do Rio de Janeiro. E mais – muito mais – do que o incômodo emocional produzido por tal reconhecimento, incomoda-me intensamente o – para mim – absurdo apagar-de-luzes e cegar-se visões da Sociedade contemporânea – e das que estão por vir – fazendo-se “passar aquela boiada”.
Ainda mais que AS REPRESENTATIVIDADES dos ESPORTES ( e, dentre eles, do FUTEBOL) e da MÚSICA SÃO HOLOFOTES QUE A PRÓPRIA CULTURA CONSERVA ACESOS. E, afinal de contas, nada impediria e em nada se depreciaria a totalidade de nossas ARTES fazer morada de casa própria no LAR CONJUNTO cuja denominação CORRESPONDE, com absoluta perfeição, à DEMOCRÁTICA contemplação da EVIDÊNCIA POPULAR. A CASA DA MÚSICA NÃO DEIXARIA DE SER A CASA DE TODAS AS ARTES. DE IGUAL PARA IGUAL.
Mesmo sem ignorarmos as gritantes diferenças de contingentes. A DIFERENÇA NÃO ESTÁ ENTRE OS HOMENS, POIS, DEFINITIVAMENTE, MESMO CONSIDERANDO O MUNDO DAS PARTICULARIDADES, SOMOS TODOS, TODOS, TODOS, RIGOROSAMENTE, IGUAIS. A DIFERENÇA ESTÁ ENTRE AS PREFERÊNCIAS QUE A EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA DEIXA AO LIVRE ARBÍTRIO DA SOCIEDADE. Viva, portanto, a CIDADE de TODAS AS ARTES chamada CIDADE DA MÚSICA. Perguntem a elas. Perguntem à PINTURA, à ESCULTURA, à DANÇA, ao CINEMA, à ARQUITETURA, se não se sentiriam honradas e justas em morarem em sua própria casa, que, por mera contemplação ao povo, se chama CIDADE DA MÚSICA. Viva o Brasil e Viva o Rio de Janeiro.
2 - OS TONS de TOM JOBIM
As Fotos, as Datas, as Canções, as Danças, as Esculturas, as Pinturas, os Projetos Arquitetônicos são alternativas da língua e da linguagem como matérias primas trabalhadas para ajudar a SOCIEDADE a CONTATAR, CONHECER, LEMBRAR e PRESERVAR o HOMEM e sua PRODUÇÃO.
E O MONUMENTO (monumentum-i) serve a tais propósitos da cultura.
Indiscutível PARADIGMA da LINGUAGEM a qual tanto agregou – a MÚSICA - Antonio Carlos Jobim tem sido lembrado pública e permanentemente, também, a partir de seu perfil e atitude pessoal, fixados, em praça pública, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na linda e consagrada região praiana do “ARPOADOR”, onde, desde o dia 8 de Dezembro de 2014 - data do 20º aniversário de sua morte – lembra a todos os muitos passantes das manhãs, das tardes, das noites e das madrugadas o MÚSICO-INSTRUMENTISTA, o COMPOSITOR, o LETRISTA, o CANTOR, o CARIOCA de HUMOR ÁGIL e INTELIGENTE e o BRASILEIRO que afirmara um dia que “O BRASIL SÓ SERÁ UM PAÍS SOCIALMENTE JUSTO QUANDO TODOS SE MUDASSEM PARA IPANEMA”.
TOM JOBIM nos deixou no final do mesmo ano em que o PEDAÇO DE MAR-E-TERRA COM QUE MAIS SE IDENTIFICOU completou centenário. A chamada VILLA IPANEMA fora fundada em 26 de Abril de 1894 e o Programa GLOBO REPÓRTER da TV GLOBO apresentou inesquecível homenagem ao Bairro, parte da qual foi filmada em torno de CARLOS LYRA, LYGIA MARINA, HELÔ PINHEIRO, PAULO GÓES – o ‘Jesus’ da famosa ceia do Zeppelin – mesa do BAR GAROTA DE IPANEMA cuja cabeceira foi, naturalmente, TOM JOBIM, que não sabiam – TOM E IPANEMA – que aquela era a última celebração ao paraíso das areias sob as quais o Maestro, em bem humorada paráfrase à CURVA DO RIO PEDRA, pediu que quando morresse, ali, enterrassem seu coração. O ano de 1995, no mundo inteiro, começaria sem TOM.
Ano novo vida nova e – como já conversamos a respeito aqui na Criativos – o Prefeito da Cidade naquele 1995 era o hoje Vereador Cesar Maia, que não titubeou em cumprir desejo manifestado pelo Maestro de – quando morresse – fazer esquina com Vinicius. Cesar Maia deu o nome de TOM a mais importante avenida do Bairro : A Vieira Souto. Foi um momento lindo aquele... com aquela expectativa. Mas a alegria só durou até que uma tal “força estranha”, que, possivelmente, contrariada por TOM no passado, lapidava, a título de argumento, a resistência do chamado ‘valor imobiliário’ em função do temor de desvalorização das propriedades em função da mudança de nome. O Prefeito negou-se ao recuo até que a justiça o obrigou. E a Av. Tom Jobim passou para a Visconde de Pirajá, onde a tal “força estranha” – que não era a do “Brasa”, conseguiu interferir e as placas saíram dos postes. Foi quando decidimos trocar a monumentalização de TOM via nome-de-rua pela monumentalização através de uma estátua. E foi de WAGNER TISO a primeira assinatura do abaixo-assinado reivindicatório.
Para desdobrar o Projeto da Estátua de TOM JOBIM, nós contamos com uma permanente articulação com o poder público municipal cujo Prefeito era, agora, Eduardo Paes. Nosso intermediário foi o ex-presidente da BR, o querido amigo Júlio Bueno, que, levou uma equipe à TOCA do VINICIUS para uma reunião sobre o Projeto ESTÁTUA DO TOM.
À frente da equipe, por determinação do Prefeito de então, estava o Secretário de Turismo Antonio Pedro Figueira de Mello, que, durante a reunião no Teatro do 2º piso, mostrou-se impressionado com uma foto exposta, emoldurada e grande : TOM JOBIM, com um violão às costas, caminhava com Vinicius de Moraes pelos jardins do Catetinho, em Brasília, onde estavam porque o Presidente Juscelino Kubitschek convidara TOM para compor uma SINFONIA para a nova Capital da República. E TOM convidou Vinicius para escrever o texto da Sinfonia. Ali estavam os dois. Na bela foto. No jardim do Catetinho. E, diante da repentina paixão do Secretário de Turismo Antonio Pedro, sem pré-anunciar a idéia, no dia seguinte, desmoldurei a FOTO-MONUMENTO e, depois de reproduzi-la e emoldurar a cópia, eu a enviei para o gabinete do Secretário de Turismo Antonio Pedro.
Este presente, que muito nos alegrou o coração, pode ter sido a origem de um equívoco que nos persegue, pois, com a inegável ajuda de Antonio Pedro, conseguimos que a Prefeitura assumisse a contratação da artista plástica Escultora que daria vida ao TOM.
O tempo passou e a estátua ficou pronta. Eu a vi pelo jornal em matéria da Coluna Gente Boa de Joaquim Ferreira dos Santos, de O Globo. Do choque que tive jamais esquecerei, pois, com toda a certeza, o Secretário deve ter passado para a escultora aquela foto do Catetinho de Brasília. E TOM JOBIM foi parar no Arpoador com cara de Catetinho, que, apesar da perfeição do trabalho da Escultora, abriu a crise permanente da representatividade, pois : 1º TOM JOBIM VIVEU ATÉ OS 67 ANOS E ESTA É SUA CARA DEFINITIVA e, portanto, sua imagem física mais representativa 2º TOM JOBIM tocava violão, mas seu instrumento mais representativo, todos sabem, era – e é – o piano. Dois aspectos redutores da mais importante característica de um MONUMENTO : a REPRESENTATIVIDADE.
Desde sempre, estamos atados à luta pela correção de curso deste pequeno grande erro, que, na realidade, é conceitual e não físico, pois o trabalho da escultora é perfeito.
Em 2016, abri um pequeno grupo do facebook voltado para a ESTÁTUA DE TOM JOBIM, pois, repetimos : jamais desistimos de corrigir tal curso.
Precisamos monumentalizar TOM JOBIM no Rio de Janeiro de forma correta física e conceitualmente. Pedi ao amigo ELVIS e ele me enviou um belo desenho da silhueta de TOM a bordo de um piano de cauda sobre o calçadão da Praia do Posto 9, em Ipanema, em frente à velha Montenegro, pista de decolagem de TOM JOBIM para o mundo inteiro.
Nossa idéia é a seguinte : enviarmos nosso pleito e fundamentos para a Secretária de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro, Sra. Daniela Maia. E reivindicaremos que ela tente negociar com Brasíia o seguinte : nós mandamos para Brasília a monumentalização de seu momento histórico (TOM compondo a SINFONIA DA ALVORADA) e de seu lugar-símbolo – O Catetinho) – e este é caso de nossa Estátua – e, em troca, Brasília dá ao Rio de Janeiro a estátua de TOM JOBIM a bordo de um piano para o instalarmos na plataforma do POSTO 9, pois entre outras questões representativas, TOM JOBIM É RIO DE JANEIRO E, no Rio, TOM JOBIM É IPANEMA.
Quanto a esta jóia da humanidade chamada ARPOADOR, os PINGOS ESTARÃO SOBRE OS iiS entre as balisas de representatividade inexcedível, por exemplo, de nossos MILLOR FERNANDES e CIRCO VOADOR.
Carlos Alberto Afonso TOCA, em 2 de Agosto de 2021.
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Músicas em homenagem ao Rio de Janeiro
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