O tempo não para
- Mario Lago Filho
- 4 de jan. de 2022
- 3 min de leitura

Nos meus tempos de antigamente, amizade e proximidade eram uma coisa só.
Não sei se é possível a uma pessoa adolescente do terceiro milênio entender esse conceito.
A distância máxima entre nós era o "boa noite,até amanhã" quando finalmente nos separávamos depois de um dia exaustivo de brincadeiras.
No resto do tempo, desde cedo a amizade cúmplice nos atava.
E todas as cumplicidades, todas as brincadeiras, exigiam uma proximidade física.
Nem sei se uma pessoa adolescente, que se conecta com o Japão no celular em um segundo, tem como entender esse conceito.
É normal.
Era normal.
O tempo não para, mas era quase parado.
Enfim, a mudança é inevitável.
As noções de proximidade e distância se diluem.
Mas quero muito poder dizer à minha filha e ao meu filho como era aquele jeito perto de ser, que deve ser tão absurdo pra eles quanto hoje é pra mim digitar uma ideia por segundo num teclado.
A gente se gritava o tempo todo.
A gente só precisava atravessar a rua pra completar a frase.
Afinal, estávamos sempre tão perto.
A gente jogava um jogo estranho de bolas de vidro (chamávamos gude), fazendo buracos nas calçadas (chamávamos búlicas).
A gente roubava e cortava bambus e fazia cola de arroz ou de farinha e roubava linhas das mães, tias e avós e cortava papel, só pra fazer as pipas.
A gente ia às marcenarias pra pegar restos de cola de madeira pra fazer cerol.
A gente juntava tudo que é vidro que podia, pra esmagar nos trilhos dos trens, pra fazer cerol.
E a gente andava nas ruas pavimentadas com o piche que derretia ao sol do meio dia e grudava queimando em nossos pés.
E a gente jogava um futebol só nosso, em campos impossíveis e com bolas inusitadas.
E a gente brincava de pique, e polícia e ladrão.
E tudo porque a gente queria sempre estar junto.
Era um tipo real de interface.
Bem diferente de hoje, quando tenho milhares de "amizades", mas não convivo com nenhuma.
Fnalmente estamos o tempo todo ao alcance de todo mundo.
MAS CADÊ MINHAS PESSOAS AMIGAS?
Até a próxima esquina.
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