O importante é o sentimento. 2024 será muito melhor

Primeira crônica do ano. Fiquei tentado a um clichê de época: retrospectiva. Credo. Há tempos tomei pavor dessas retrospectivas televisivas. Xarope. Bajulação de amigos e pancada nos inimigos. Não. Nada disso. Mas a partir de coisas que vi na TV (olha ela aí) que, de certa forma se harmonizaram com o estado de espírito meio melancólico, e por que não dizer, de certa tristeza, que, pelo menos a mim, vem com essa atmosfera de fim de ano, Natal etc. decidi por uma micro retrospectiva dos dois últimos dias do ano.
Não costumo assistir ao Globo Repórter, primeiro porque acho meio espetaculoso e ligeiro demais e segundo, porque nesse horário já estou trabalhando. Mas nesses dias de calmaria e recesso de fim de ano assisti ao programa e uma reportagem sobre a seleção de futsal para pessoas com nanismo até me emocionou. E eu nem sabia que tínhamos uma seleção brasileira de futsal para essas pessoas.
Apesar de o nosso país ser pioneiro na modalidade, quando em 2007 foi criado em Belém do Pará o time de futsal de pessoas com nanismo Os Gigantes do Norte, a referência do esporte no continente é a Argentina. E um dia a senhora Sílvia Rojas, que é a presidenta da Federação Argentina de Futsal para pessoas com nanismo chegou a José Carlos Rosário, que comanda a nossa seleção, e propôs um jogo entre as seleções, uma das principais rivalidades do mundo futebolístico de gente grande. José Carlos correu o país e convocou a seleção para o tal jogo. E hoje a própria CBF olha com outros olhos para essa seleção muito especial.
Em novembro passado, foi realizada em Buenos Aires a primeira Copa do Mudo de Futsal para pessoas com nanismo. Participaram onze países de quatro continentes. Infelizmente o Brasil caiu nas semifinais com a dona da casa, perdemos e a Argentina acabou como campeã. Sem problemas.
No final da matéria uma passagem com um dos atletas da nossa seleção, Tolfo, foi bem legal. Ele, sem exageros foi falando da importância do esporte para eles que passam pelas mais diversas formas de discriminação e preconceito. Lembrou que quando criança, como todo menino, sonhava em um dia ser jogador de futebol e que as pessoas, embora não demostrassem, ele tinha certeza que elas sabiam que isso nunca iria acontecer. Os olhos do Tolfo denunciaram a emoção do atleta quando ele disse do orgulho de hoje fazer parte da seleção de futsal do seu país, uma das coisas mais maravilhosas que podia ter acontecido e que fortalece demais a autoestima das pessoas que nasceram com esse problema.
Adorei a matéria. Curto muito tudo, ou quase tudo, que faça alusão a inclusão e ações contra discriminações e preconceitos. Sou um sujeito do meu tempo hahaha! As paraolimpíadas escancararam essa possibilidade para que pessoas com deficiência possam acreditar que a vida não acabou e agora, o futsal faz o mesmo para as pessoas com nanismo. Vai ficar ainda melhor quando os olhares se voltarem para as meninas com nanismo. Valeu!
Terminando minha micro retrospectiva, assistindo no domingo ao programa Balaio na TV Cultura balancei quando o grupo convidado de Renato Teixeira, o infindável Demônios da Garoa interpretou logo de cara a contundente, Iracema.
Era a música de Adoniram Barbosa preferida do meu amigo/irmão Antônio Carlos Merath, que foi arriscar a vida os Estados Unidos nos anos 1980. Venceu, por lá se estabeleceu, tem um casal de filhos norte-americanos, mas que há uns poucos anos nos deixou. Nesses dias eu fico mesmo mais vulnerável e acho que senti o mesmo aperto no peito, que sentiu o atleta de futsal, o Tolfo na entrevista. Por motivos diferentes e até opostos, mas com uma carga de intensidade parecida. Abração meu amigo Merath, onde você estiver e um grande 2024 para seus filhos, sua família. O ano começou moçada e vai ser muito bom.
“Amigo é coisa para se guardarNo lado esquerdo do peitoMesmo que o tempo e a distância digam "não"Mesmo esquecendo a cançãoO que importa é ouvirA voz que vem do coração” (Canção da América-Milton Nascimento/Fernando Brandt)
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Bons Caminhos, feliz 2024
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