Natureza: valores e belezas que precisam ser reconhecidos
Suzana Padua
A natureza do Brasil precisa valer mais do que soja e gado! Como pode um bioma como a Amazônia, que conta com uma das mais ricas biodiversidades do mundo, ser destruída para se tornar monocultura (de milhares ou milhões a uma só espécie)? E o que é pior, poucos ganham e as perdas são incalculáveis. E o que se perde é para sempre!
O ser humano (e o brasileiro mais do que qualquer um pela riqueza encontrada no país) precisa despertar para sua responsabilidade de cuidar do mundo natural do qual faz parte. Mas, as mudanças necessárias são profundas e começam pelos valores que regem as ações. Ao invés de ganância deveríamos adotar generosidade, no lugar de visões de curto prazo precisamos optar pelo que deixa menos pegadas destrutivas, e no quesito humanidade, é crucial que passemos a olhar todos como pessoas inteiras com qualidades, defeitos, sonhos ou anseios e talentos, não importa a origem, a etnia, a cor da pele ou suas escolhas pessoais de quem querem ser.
O respeito pela vida precisa ser o alvo de nossas condutas. E essa transformação talvez comece pela educação. O sistema educacional deveria ser voltado a ensinar amor. Pode soar ingênuo, mas essa é a base de qualquer ação que beneficia as pessoas, os demais seres vivos ou elementos que propiciam a vida.
Compreender a força do amor é compreender a nossa própria força vital. Fortalece e traz propósito. E a juventude está em busca de propósito. Nas empresas esse fenômeno tem sido sentido com ênfase, pois os jovens que procuram trabalho escolhem onde querem se engajar. E as escolhas vêm sendo guiadas por aquelas companhias que são socioambientalmente éticas e cujas produções não agridem o bem-estar humano ou degradam o meio ambiente.
O avanço da tecnologia tem intensificado os resultados do que se colhe. Sempre tem impactos maiores ou menores, mas quando é para o bem fica melhor, e o que é destrutivo fica pior. Cabe a nós, seres humanos, observarmos o que estamos priorizando, aproveitando o que beneficia a vida e evitando o que a destrói.
Temos que reconhecer que a supremacia branca e elitista não tem deixado rastros promissores para quem vem depois. São milhares de anos de competições acirradas, e ações destrutivas, que incluem guerras e perdas incontáveis. Nesse cenário, a natureza nada mais é do que fonte de recursos, tratada para suprir ilimitados anseios da espécie humana que só crescem. Mas, o planeta não é ilimitado! Com toda a empáfia por crescimento econômico como meta máxima de progresso, tem trazido resultados devastadores, chegando a ameaçar a sobrevivência da própria espécie humana. Haja vista as emissões de gases que causam mudanças climáticas que assustam a todos os mais atentos, trazendo inclusive crises psicológicas, agora chamadas de “ansiedade climática” ou “ecoansiedade”. (https://faunanews.com.br/?s=ansiedade+climática
A arte e a beleza também elevam o espírito. A natureza muitas vezes faz parte desse processo, que vai da observação ao deslumbramento e admiração pela vida. O movimento Ecologia Profunda, termo cunhado pelo norueguês Arne Naess em 1972, é conhecido como exemplo dessa abordagem. Um observador incansável do mundo natural, Naess considerava que o grande aprendizado estava nos detalhes encontrados na natureza e se concentrou em chamar a atenção para o valor do mundo natural e não apenas tratá-lo como fonte de recursos a ser explorado insustentável e inconsequentemente.
De sua época para cá tudo se intensificou. Os danos no mundo natural têm sido imensos! Hoje existem dados que mostram que a humanidade está acelerando as perdas mil vezes mais do que seria se o planeta seguisse o processo natural. Segundo a IUCN (International Union for the Conservation of Nature), mais de 26.500 espécies se encontram ameaçadas de extinção. Pesquisas apontam quadros assustadores: até 2050 o planeta pode perder cerca de 1 milhão de espécies animais, fora plantas, fora microelementos que vivem no solo ou na água.
Ou seja, o mundo hoje é mais pobre em consequências de decisões inconsequentes, gananciosas e com visões de curto prazo de uma só espécie: a humana. Deixamos de olhar para as riquezas socioambientais como partes de nós, e não damos a elas o valor que merecem.
Daí a necessidade de promovermos uma total transformação na forma como vemos o planeta Terra onde habitamos. Despertar a humanidade para valores mais sutis, que levam a diversidade com todas as suas riquezas em consideração, compreender que cada ser ou elemento tem um papel na teia da vida, é fundamental e o momento é agora. Não dá mais para adiarmos as resoluções e esperarmos que outros assumam a responsabilidade. Cabe a cada um de nós fazer nossa parte.
Cultura
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