MENTES
A Dininha deu de pensar. Um dia, quando devia ter dez anos, ouvir falar que fulano de tal era um pensador. Não entendeu direito o nome, que devia ser francês ou inglês, alemão, vai saber. Mas achou bom que alguém tivesse a profissão de pensar. Já pensava. Era uma criança que pensava. Tinha sempre alguma coisa na cabeça pra se ocupar. Quando crescesse seria pensadora!!
Não deu tempo. Ainda decidida a ser pensadora, ouviu falar em mentores. Não perguntou pra ninguém, mas lendo em jornais e revistas, entendeu que os mentores pensavam para que outros escutassem, davam ideias. O que pode ser melhor que ser um pensador e ainda ter quem execute as coisas que se pensa? Seria um tipo de pensador 2.0?? Incrível, isso! Agora queria ser mentora!! Mas cresceu, a Dininha.
Entrava lentamente na fase adulta, sem sair da casa dos pais, onde exercitava seu ainda não remunerado ofício de pensar, já com resultados relativamente satisfatórios, como ter conseguido uma vaga no curso de administração de uma universidade privada. Os pais sonhavam com medicina, direito, arquitetura até, que tem um componente artístico forte. Os pais se preocupavam com o conforto material e com alguma satisfação pessoalmais leve da Dininha, coisa que eles não conseguiram. Foram apresentados por amigos no primeiro dia de aulas da faculdade de ciências contábeis...
Mas a Dininha queria pensar e seus pensamento a encaminharam pra faculdade de Administração onde, ao que parece, pensadores viram mentores.
Os objetivos seguiam aparentemente firmes. Descobriu rapidamente, entre aulas de logística, marketing, empreendedorismo e gestão financeira, quais professores seriam úteis em seu projeto pessoal.
Completou o curso sem grandes destaque. Não fez intercâmbio no exterior, estágios em grandes companhias, projetos mirabolantes de gestão. Levou tudo tão morno quanto possível, sem surpreender.
Tornou-se uma profissional estranha. Convicta de suas próprias ideias, mas longe do que se demandava tanto no mercado quanto nas instituições de ensino ou no serviço público. Restava o projeto pessoal, ainda maquinado naquela mente confusa. Nada tirava da ideia a vontade de ser pensadora. A conclusão do curso superior não trouxe com ela a maturidade que seria razoável.
Enfurnou-se nas redes, mas era pouquíssimo popular. Tinha passado o curso “pensando”...
O “social” das redes era estranho a ela. Nada lhe interessava mesmo, de verdade.
Por muito tempo esse “nada” perdurou. A sensação de tempo perdido, de não resolução de problemas, de impossibilidades, de abstinência de tudo. Adicionalmente, talvez voluntariamente, talvez por uma vocação inata, a Dininha era desinteressante. Inclusive fisicamente.
Nada demais, nem de menos, mas tinha passado a vida sem despertar o especial interesse de nenhuma pessoa. Os pais não se preocupavam seriamente com isso. Ela tinha uma vida pela frente.
Criou a personagem quando estava à beira de uma decisão radical, trágica, definitiva. Já tinha comprado as caixas do tarja preta com o qual terminaria a carreira que nem havia começado.
A personagem a salvou do pior. Antes, só o gato testemunhava as agruras pessoais. E os pais ignoravam o que se passava no quarto da filha única. Ela tinha toda a liberdade e privacidade do mundo, sem censuras ou críticas. E com mesada!
A personagem era uma moça bonita e inteligente, cujos corpo e rosto foram criados por inteligência artificial. Tinha aprendido alguma coisa nas aulas de informática .
Descolada, moderna, culta, poliglota, sensual e saudável, como a Dininha jamais fora em sua própria vida, não custou a tornar-se um hit das redes.
Em pouco, atingiu o nível em que o que produzia, com o auxílio das próprias redes, já que a Dininha não tinha conteúdo suficiente para “abastecer” a personagem e passou a garantir o seu sustento.
Saiu de casa, levou o gato, jogou os comprimidos fora. Tinha virado influencer.
Existiam mesmo pessoas que demandavam que alguém pensasse por elas. No fundo, tinha dificuldade em acreditar nisso. Ainda era anônima, pensadora ensimesmada, sem amigos ou com quem dividisse pensamentos, ideias e mesmo conquistas, mas agora tinha a certeza de que não era a pior pessoa do mundo.
Tinha gente muito mais carente.
Tinha se tornado uma mentora!
A humanidade é mesmo muito estranha.
Rio de Janeiro, julho de 2024.
Inovação em Filmes e Séries Musicais
A Cedro Rosa Digital tem se destacado como uma força inovadora na produção de filmes e séries musicais, aproveitando os incentivos da Agência Nacional do Cinema (ANCINE) para promover projetos que valorizam a cultura musical brasileira. Entre os projetos mais notáveis estão "+40 Anos do Clube do Samba", "Partideiros 2" e a minissérie "História da Música Brasileira na Era das Gravações". Esses projetos não só celebram a rica tradição musical do Brasil, mas também geram empregos e renda para centenas de profissionais da indústria criativa.
Projetos Destacados
+40 Anos do Clube do Samba: Em co-produção com a TV Cultura de São Paulo, este filme celebra mais de quatro décadas de um dos movimentos mais influentes do samba, reunindo depoimentos e apresentações de grandes nomes que ajudaram a moldar o gênero.
COMO APOIAR!
( qualquer valor )
Depósito direto na Conta do Projeto + 40 ANOS DO CLUBE DO SAMBA
Banco do Brasil - Banco: 001 - agência: 0287-9
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Partideiros 2: Esta continuação do aclamado "Partideiros" explora ainda mais o universo do samba, destacando grandes nomes do gênero e novas revelações. A série oferece uma imersão profunda na cultura do samba, suas origens e seu impacto na sociedade brasileira.
História da Música Brasileira na Era das Gravações: Esta minissérie detalha a evolução da música brasileira desde a introdução das gravações fonográficas, oferecendo uma visão abrangente e educativa sobre como a música gravada moldou a identidade cultural do país.
Patrocínios Incentivados
Empresas e indivíduos interessados em apoiar esses projetos podem fazê-lo através de patrocínios incentivados pela ANCINE, que permitem a dedução de 100% dos valores patrocinados no imposto de renda. Este mecanismo não só facilita o financiamento de projetos culturais, mas também proporciona benefícios fiscais significativos para os patrocinadores.
Certificação e Distribuição Musical: Garantindo Direitos Autorais
Além de sua atuação na produção audiovisual, a Cedro Rosa Digital tem se destacado no campo da certificação e distribuição musical. Utilizando tecnologias avançadas e uma rede global, a Cedro Rosa assegura que os criadores tenham suas obras registradas e recebam os devidos direitos autorais, independentemente de onde suas músicas sejam tocadas.
Impacto Global
A Cedro Rosa Digital certifica e distribui internacionalmente obras e gravações musicais, garantindo que compositores independentes de todo o mundo possam monetizar suas criações. Esta abordagem inovadora tem ajudado inúmeros artistas a receberem royalties e direitos autorais, fomentando um ambiente onde a criatividade é devidamente recompensada.
Contribuição para a Economia Criativa
A atuação da Cedro Rosa na certificação e distribuição musical não só beneficia os artistas, mas também contribui significativamente para a economia criativa. Ao garantir que os criadores sejam remunerados, a empresa promove um ciclo sustentável de produção cultural, incentivando novos talentos e a contínua criação de conteúdos originais.
A Cedro Rosa Digital, com sua dupla atuação na produção audiovisual e na certificação musical, emerge como um pilar fundamental na promoção e preservação da cultura musical brasileira. Seus projetos incentivados pela ANCINE não só celebram a rica tradição musical do Brasil, mas também oferecem uma plataforma para que novos talentos sejam reconhecidos e recompensados globalmente. Ao combinar inovação tecnológica com uma profunda apreciação pela cultura, a Cedro Rosa Digital continua a liderar o caminho para um futuro onde a criatividade é valorizada e sustentada.
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