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Foto do escritorLais Amaral Jr.

Luiz Vieira - o menino passarinho, ainda voa




Há duas semanas falei do forte compositor maranhense, João do Vale, que em 1977 deu uma tremenda força no lançamento de um livro do qual eu participei em Nova Iguaçu. No final inseri versos da belíssima canção “Na asa do vento”, uma composição do João em parceria com outro gigante da cultura popular, Luiz Vieira. Não convivi com Luiz Vieira, como não convivi com João do Vale. Foram “esbarrões’ pela vida. Como foi com a maioria das celebridades que já desfilaram pelos meus textos aqui na Criativos. Nesta semana, trato do “esbarrão” com Luiz Vieira.


A história começa lá pelos idos dos 80, quando um amigo-irmão dos tempos de juventude, o Antônio Carlos Merath Reis, me chamou para fazermos um programa diário na Rádio Mauá-Solimões. Seria um programa matinal de variedades, com entrevistas, serviços e colunistas com assuntos diversos. Programa curto, de hora e meia. Batizamos de ‘Frequência Livre’ e decidimos que o programa teria um padrinho e que esse padrinho seria nada mais, nada menos que Luiz Vieira. O homem tinha um programa na Rádio Nacional, o ‘Minha Terra, Nossa Gente’ que ia ao ar bem cedo, às 5 da manhã, de Segunda à Sábado

.

Definido o esqueleto do programa e o time de colunistas, que tinha Chacrinha (ele mesmo, o Velho Guerreiro), Roberto D’Ávila, o jornalista Radamés Vieira da Bandeirantes e até o Cid Benjamin com memórias do exílio, todos participando por telefone e de forma graciosa, partimos para o contato com o “padrinho”. Merath era brizolista e assessor de um secretário do então governador e isso facilitou o acesso a alguns dos colunistas. Partimos para a Rádio Nacional no dia marcado para gravar a entrevista com Luiz Vieira. Ele fazia o programa ao vivo de Segunda a Sexta e a edição do Sábado era gravada. Gravamos uma conversa muito legal, maravilhosa. Luiz Vieira foi muito generoso e simpático com seus “afilhados”. Dias depois, acordei cedo num sábado, coisa rara, para saborear a entrevista pelas ondas da Rádio Nacional. Que honra.


E o ‘Frequência Livre’ foi um programa que nos deu muito prazer em fazer. Radamés entrava diariamente da redação da Bandeirantes, com uma agenda política do dia, Chacrinha uma vez por semana falava de artistas, Roberto D’ávila conversava comigo no quadro ‘Conexão intermunicipal’ e o Cid, uma vez por semana dava testemunhos dos ‘anos de chumbo’. Nossa rotina começava com o Merath me pegando cedo em casa e comprávamos os jornais para comentar. O rádio do carro, sempre sintonizado no programa do padrinho. E numa certa manhã, mágica, ouvimos Luiz Vieira declamar o poema ‘Um Condado chamado Baião’, uma brincadeira com alusão a cordel e Zé Limeira, do meu livreto ‘O Beijo da Mulher Piranha’, de 1983 que deixara com ele. Ninguém nunca lera aquele poema com tanta propriedade. Naquele dia fiz o programa em estado de graça.


Luiz Viera, autor maravilhoso e intérprete singular, pilar da nossa MPB, teve canções suas gravadas por nomes como Luiz Gonzaga, Caetano Veloso e até Rita Lee, entre outros. É um dos meus ídolos na música. Deve estar agora conversando com meu amigo Merath no andar de cima.


Grande abraço, estejam onde estiverem.



“Quando estou nos braços teus

Sinto o mundo bocejar

Quando estás nos braços meus

Sinto a vida descansar

No calor do teu carinho

Sou menino-passarinho

Com vontade de voar

Sou menino-passarinho

Com vontade de voar” (Prelúdio pra ninar gente grande)


 

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