Luís Pimentel, um autor plural para todos os gostos
O poeta desabrochou quando Luís Pimentel era ainda um irrequieto jovem envolvido com teatro e literatura, lá na sua Feira de Santana (BA). Depois veio a avalanche dos Luízes: o dramaturgo, o romancista, o cronista, o contista, o autor de literatura infantil e infanto-juvenil, o jornalista, o compositor. Pelo visto, a postura irrequieta diante do mundo, persiste. Luís Pimentel é um autor em movimento permanente que hoje integra o time da Criativos e, não é difícil prever que logo-logo vem mais coisa aí.
Criativos - Quantos livros você publicou e em que veículos de comunicação você trabalhou?
Luís - Entre os jornais e revistas onde trabalhei estão Jornal do Brasil, Ultima Hora, O Dia, Opasquim21, Revista MAD, Revista Bundas entre outros. Livros publicados são algumas dezenas, em variados gêneros; é que estou na estrada há muito tempo...
Criativos – E músicas gravadas?
Luís - Gravadas são pouquíssimas. Mas tenho muita coisa inédita, parcerias com Luiz Flávio Alcofra, Jayme Vignolli, Moyseis Marques, Paulinho do Cavaco, Ernesto Pires...
Criativos - Quem nasceu primeiro: o jornalista, o escritor, o poeta ou o compositor?
Luís - Primeiro foi o poeta, ainda morando em Feira de Santana, quando fazia teatro e participava de um grupo de jovens escritores. Depois veio o interesse por outros gêneros literários. O jornalista e o compositor só surgem depois dos anos oitenta, quando já estou vivendo no Rio de Janeiro.
Criativos - Como chegam os impulsos para você mergulhar nesse ou naquele gênero? Você um dia acorda poeta, outro dia acorda romancista ou compositor? Como é isso? Algo interfere no seu poder de criação? – parafraseando Paulo Cesar Pinheiro.
Luís - O gênero literário a ser utilizado depende muito da ideia que surge. Em geral, ela já vem com sua roupagem, se deve ser desenvolvida em uma prosa infanto-juvenil, um conto, um poema, um texto teatral... Os compromissos inevitáveis do dia a dia sempre interferem no poder da criação. Mas a gente vai aprendendo a driblá-los.
Criativos - Como é escrever para crianças e para adultos?
Luís - Muito parecido. Tudo o que escrevo para crianças poderia estar tratando dos mesmos assuntos para os adultos. O que muda um pouco (ou se molda) é a linguagem, para que se ponha a serviço do interesse dessa ou daquela faixa de leitor.
Criativos - Você tem preferência por algum dos gêneros a que se dedica?
Luís - Talvez o conto. Reconheço que sinto um prazer especial quando estou me dedicando a esse gênero...
Criativos - Quando está evolvido em algum desses estados de criação, pensa na outra ponta, no leitor, no ouvinte ou é a expressão pela expressão?
Luís - Penso. Não é um pensamento determinante na criação, mas é uma atenção que nos faz dar esse ou aquele tratamento ao texto.
Criativos - Você pode falar alguma coisa sobre seu método de criação?
Luís - É absolutamente intuitivo. Não tenho método nem disciplina rígida. Sou movido por vontade, necessidades e, especialmente, possíveis encomendas ou compromissos; não há chicote mais funcional do que o prazo de entrega.
Criativos - Reconhece influências que teve em algumas dessas áreas de criação?
Luís - Muitas e em todas as áreas. Especialmente de escritores como Graciliano Ramos, Ivan Lessa e Drummond, compositores como Noel Rosa, Wilson Batista, Geraldo Pereira, Ary Barroso e Aldir Blanc, além de mais alguns.
Criativos - Diga, por favor, alguma coisa que possa interessar a escritores iniciantes.
Luís - Ministro oficinas literárias há muito tempo e em muitos lugares. E o que digo aos escritores iniciantes tem sempre a mesma base: quer ser escritor? Escreva todo dia e todo hora, sem achar que já está pronto e sem pressa de publicar. Quer escrever bem? Leia o tempo todo quem escreve bem, os bons escritores. Não é difícil descobrir quem são eles, nem aprender a separar os bons dos medíocres.
Luís Pimentel empilha vários prêmios literários. Entre seus muitos livros publicados, destaco um de crônicas deliciosas sobre as ruas cariocas com o qual me identifico muito: Saudades dos meu Botequins, mesmo nome do samba feito em parceria com Paulinho do Cavaco, gravado pelo jovem Tomaz Miranda.
“Eu sinto saudade dos meus botequins
A conta assinada num velho papel
Cardápio na porta escrito a giz
Azulejo pintado com anjo no céuO samba na mesa de mármore antigo
O ovo colorido enfeitando o balcão
A cerveja gelada tirando o juízo
E os sonhos cobrindo a serragem no chão
E no alto o São Jorge matando o dragão” (trecho de Saudade dos meu Botequins)
Entrevista a Lais Amaral Jr, poeta, escritor e compositor da Cedro Rosa e do portal CRIATIVOS!
Na interseção multifacetada das artes, a música emerge como um elo transcendental, conectando artistas de diferentes domínios criativos.
Em um cenário onde literatura, artes plásticas e cinema convergem, a música desempenha um papel vital, costurando narrativas e proporcionando uma trilha sonora para as expressões artísticas. Essa sinergia é potencializada pela inovadora abordagem da Cedro Rosa Digital, que não apenas certifica obras e gravações, mas também gera códigos internacionais, junto às associacoes internacionais de direito autoral, conhecidas como PROs.
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Nesse intricado ecossistema cultural, a música não apenas permeia, mas atua como catalisadora da colaboração entre disciplinas, promovendo uma convergência criativa que redefine os limites das expressões artísticas no século XXI. A Cedro Rosa Digital, ao pavimentar esse caminho inovador, emerge como uma ponte entre a originalidade criativa e o reconhecimento global.
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