Livros, Casas, Encontros Um Passeio pela FLIP 2024
Pelo terceiro ano consecutivo estive na FLIP em Paraty/RJ. Na Casa Gueto para ser exato. Em 2022 lancei o livro Peixe na Rede e em 2023 o AVE DA PERIFERIA. Ambos livros de poemas.
Ambos pela editora Patuá (links no fim da matéria).
Este ano não lancei livro novo. Fui pelos debates sobre literatura/edição e suas interligações com os temas mais atuais como antirracismo, tecnologia, meio ambiente, comunidade LGBTQI+, etc.
Fui pelo reencontro com amigas e amigos, pelo papo informal com qualquer poeta que estivesse nas ruas e oferecesse seus impressos. Fui para flanar pelo centro histórico, quase a tropeçar nas pedras mal alinhadas do calçamento.
Fui também na qualidade de repórter do Portal CRIATIVOS e da TV Nova Belford, com o compromisso de trazer uma visão extra-oficial da FLIP.
A Festa
A Festa Literária Internacional de Paraty, este ano em sua vigésima segunda edição, é reconhecida como um dos mais importantes eventos de literatura do país. Tem algumas peculiaridades que importa ao visitante conhecer.
Há uma programação que acontece em local fechado com acesso através de ingressos pagos. Mesmo assim o auditório fica lotado e formam-se imensas filas na entrada. Há algum tempo, depois de muita crítica e algumas crises, a organização da FLIP montou um espaço acessível ao público de forma gratuita. Fica na Praça da Matriz, epicentro da festa e conta com telão, cadeiras e cobertura. Um ambiente bem agradável onde é possível acompanhar as mesas de debate direto ou descansar um pouco das caminhadas pelo calçamento pé de moleque e assistir à programação oficial praticamente ao ar livre.
Num restaurante no centro histórico ouvi alguém dizer que cada um curte a sua própria FLIP. Concordo, a minha passa principalmente pelas Casas, estruturas paralelas onde ocorrem debates improváveis e encontros memoráveis. Casa Gueto, Casa Pagã,
Casa Folha, SESC, Casa do Cordel e várias outras. Há um aspecto complicado: as mesas acontecem concomitantemente nos diferentes espaços. Logo não dá para acompanhar tudo. Recomendo que o visitante, autor ou não, consulte antecipadamente a programação e faça uma seleta do que pretende ver e ouvir. Ainda que seja para descumprir quase tudo e se deixar levar pelo momento.
As Casas
Fiquei baseado na Casa Gueto. Todo mundo que foi lá por minha sugestão amou o ambiente. Trata-se de uma iniciativa da Patuá (Eduardo Lacerda, Pricila Gunutzmann e equipe) que este ano reuniu 18 editoras independentes. Com uma ampla programação que incluiu lançamentos e vendas de livros, saraus, festas, encontros, brindes e muito mais. Na quinta participei do Sarau de Poesia Erótica e na sexta de um sarau tema livre. Ouvi bons poemas, bastante troca e um clima ótimo.
Estive em alguns outros espaços com programação bem interessante.
Na Casa da Cultura, por exemplo, o amigo Márcio Rufino caracterizou João do Rio, homenageado nesta edição da FLIP. Na Casa Pagã rolou um papo sobre prosa com Adilson Zambaldi - Tronco de Canoa, o amigo Zamba.
Nas demais casas estiveram Luiz Antônio Simas, Sérgio Rodrigues, Elisa Lucinda, Eliana Alves Cruz, Adriana Igrejas e tantos outros nomes brilhantes da literatura.
Não posso encerrar esta pequena reportagem sem citar os poetas de rua. Aquele pessoal que vai com a cara e a coragem e seus impressos alternativos, abordam você numa viela, numa ponte sobre o canal, num barzinho. Rola um papo, um convite para um sarau no Rio, uma troca de publicações. E às vezes são até seus vizinhos, como a galera do Sapo de Touca de São João de Meriti.
Como sempre falta algo ou alguém, faltou o Marlos Degani - Sangue da Palavra, o Cezar Ray, a Beth Gomes, a Maria Fernanda Elias Maglio - Você me Espera para Morrer?, o Fernando Molica - Elefantes no Céu da Piedade...E claro, muito mais gente boa.
Últimas Dicas
Paraty é uma cidade complicada com sérios problemas de infraestrutura. Ano passado após uma onda de calor extremo houve um apagão que durou do meio da tarde até dez e pouca da noite. Quando a maré está cheia, o escoamento de água não funciona bem e os ralos das casas e pousadas não dão vazão.
Os preços da comida no centro histórico costumam ser meio salgados. Procure na Internet restaurantes e lanchonetes na Av. Roberto Silveira e entorno. É possível encontrar boas opções de almoço e lanche sem precisar vender um rim.
Por último, mas não menos importante, reserve hospedagem com antecedência, pois quando começa a festa, fica tudo lotado.
Links
Link para Peixe na Rede
Link para Ave da Periferia
A Economia Criativa como Motor de Desenvolvimento, Emprego e Renda
A Economia Criativa se destaca como um dos principais motores de desenvolvimento econômico e social no século XXI. Ao contrário dos modelos tradicionais de produção, este segmento se baseia no capital intelectual, na inovação e na criatividade humana. Isso inclui áreas como artes, design, audiovisual, música, moda e tecnologia, que não só geram emprego e renda, mas também contribuem para a construção de uma identidade cultural e para o aumento da competitividade de países no cenário global.
De acordo com o Relatório da UNCTAD, a Economia Criativa representa cerca de 3% do PIB mundial e, em muitos países, cresce a taxas superiores a outros setores. Ao promover a inclusão social e a diversidade cultural, a Economia Criativa se consolida como uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento sustentável, criando oportunidades para pequenos empreendedores e gerando renda em comunidades urbanas e rurais.
Cedro Rosa Digital: Inovação na Certificação e Distribuição Musical Global
Nesse cenário de constante transformação, a Cedro Rosa Digital surge como um exemplo de inovação no mercado musical. Fundada pelo produtor e compositor Antonio Galante, a plataforma se destaca pela certificação e distribuição de obras e fonogramas de artistas de cinco continentes. A empresa não só permite que criadores independentes tenham seus trabalhos licenciados globalmente, como também oferece um modelo transparente de remuneração, garantindo direitos autorais justos para compositores, intérpretes e produtores.
A Cedro Rosa Digital tem uma forte parceria com instituições como a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o Parque Tecnológico da Paraíba, a EMBRAPII e o SEBRAE, colaborando no desenvolvimento de tecnologias inovadoras como o sistema CERTIFICA SOM. Esse sistema utiliza inteligência artificial e blockchain para garantir a correta identificação das obras musicais, seus compositores e toda a ficha técnica, facilitando a monetização e a distribuição dos direitos autorais de maneira global.
Essa abordagem não só permite uma maior eficiência no licenciamento de obras para publicidade, cinema, TV e plataformas de streaming, mas também contribui para uma economia mais justa, em que o trabalho dos criadores é devidamente reconhecido e recompensado. A tecnologia está no centro da estratégia da Cedro Rosa, possibilitando uma nova era de transparência e inclusão no mercado musical.
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Além da inovação tecnológica, a Cedro Rosa também se destaca pela promoção da cultura e da criatividade por meio do portal CRIATIVOS!. Com quatro anos de atividades ininterruptas, o portal reúne centenas de jornalistas, artistas, cineastas e intelectuais para discutir e divulgar temas ligados à arte, cultura e Economia Criativa. O portal funciona como uma plataforma colaborativa, onde artigos, entrevistas e resenhas são publicados diariamente, abordando desde as novas tendências do mercado audiovisual até políticas públicas para o setor criativo.
O CRIATIVOS! se posiciona como uma ferramenta fundamental para amplificar vozes de criadores de todo o mundo, servindo como um ponto de encontro para debates sobre o futuro da cultura e da tecnologia. O conteúdo publicado não só informa o público, mas também contribui para a formação de uma consciência crítica sobre o papel da criatividade no desenvolvimento das cidades e da economia local. Para conhecer mais sobre o portal, acesse CRIATIVOS!.
Inovação e Criatividade em Prol do Desenvolvimento
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