EVENTOS, por Léo Viana.
Todo mundo tem suas imagens preferidas ao longo do ano, dentre aquelas que se repetem indefectivelmente. Eu tenho as minhas, você tem as suas. E a mídia sabe fazer uso delas, apelando para a nossa familiaridade com aquelas cenas e nos dando mais do mesmo a cada ano, na certeza do nosso interesse.
Seja a Missa do Galo, em que o celebrante varia de tempos em tempos (eu vejo vez ou outra, mas desde o Paulo VI...), seja aquele engarrafamento da descida da serra em São Paulo, com todas aquelas pistas engarrafadas no pedágio e a viagem, de 100km, levando diversas horas pra se completar. A minha preferida já foi a comemoração do Flamengo do Zico, no tempo em que o time variava pouco de um ano pra outro e quase sempre comemorava algum título.
Há quem prefira aquela fuga desesperada da Flórida quando o furacão está chegando. O desfile militar da Praça Vermelha e até o desfile do exército da Coréia do Norte (que, eu desconfio, se repete toda semana...) também tem seus admiradores. O encerramento do carnaval da Bahia, com o arrastão dos trios, a maravilhosa saída do Galo da Madrugada, o Centro do Rio tomado pelo Bola Preta, Ipanema tomada pelo Simpatia É Quase Amor, O Cordão do Boitatá sacudindo a Praça XV, o desfile na Sapucaí. Grandes eventos carnavalescos adorados pela turma festeira, assim como as Paradas do Orgulho LGBT+ de São Paulo e Berlin, pra focar nas maiores.
Também se repetem, com ignominiosa frequência, o acendimento da árvore de Natal do Rockefeller Center, aqueles aviões sobrevoando Paris no 14 de julho, as imagens da Kaaba direto de Meca, com a multidão andando em volta, os fogos de Copacabana do Réveillon, as imagens de renas direto da Escandinávia em dezembro, a casa do Papai Noel, o Especial do Roberto Carlos, os cruzeiros marítimos no verão.
Quem é do Rio, como eu, espera com certa ansiedade as enchentes do verão, os engarrafamentos na Ponte e na BR101 no rumo da Região dos Lagos, a queda de barreiras na Rio-Santos, um ou outro fechamento da Linha Vermelha por tiroteios. As lojas de departamentos intransitáveis com aqueles ovos de Páscoa pendurados são tão previsíveis quanto o movimento na Saara na véspera do Dia das Mães. E dos Pais, das Crianças, Natal, Carnaval...
Deu até uma saudade do anúncio do “Quebra Nozes” no Theatro Municipal e da controversa árvore da Lagoa.
Outubro, em especial, sempre traz as indefectíveis cenas dos romeiros na Dutra e das grandes missas em Aparecida. O grandioso Círio de Nazaré ocorre simultaneamente. A imagem do pessoal em volta da corda pode mesmo ser reaproveitada de um ano pra outro, visto que é um fenômeno que se repete sempre com a mesma intensidade.
A chegada das baleias francas ao litoral sul e das jubartes a Abrolhos são eventos do calendário ecológico, assim como a chegada dos pinguins, seja no Rio Grande do Sul ou na Bahia. Variam as praias, mas eles sempre vêm. A desova das tartarugas do Projeto Tamar é um festejo anual já consagrado.
De qualquer modo, já faz muito tempo que, mesmo com a beleza cênica de efemérides como a aurora boreal, os campeonatos de surfe de ondas gigantes em Portugal, as pistas e os esquiadores nos Alpes, o meu evento anual preferido é a travessia do rio Mara, na Tanzânia, por gnus, zebras e gazelas com fome, atrás dos pastos verdes do Masai Mara ou do Seringueti, na ida ou na volta, conforme o caso. O gigantesco evento faz a felicidade instantânea dos crocodilos gigantes, que passam grande parte do ano esperando a chegada daqueles filés, o maior rodízio de carne do mundo. É um evento natural, os herbívoros em busca de comida e os grandes jacarés querendo comê-los, nada que não se reproduza diariamente no transporte urbano do Brasil, por exemplo.
Mas a verdade é que, vez ou outra dou uma balançada. O problema é que sou meio sistemático.
Lamento que a prisão de políticos cariocas, especialmente com cargo executivo, ainda não tenha data fixa no calendário.
Só compete em números com a prisão daqueles “homens de bem” que fizeram discursos por Deus e pela família na ocasião do golpe jurídico-parlamentar contra a Dilma.
Se fixarem datas, eu prometo abandonar os gnus e crocodilos.
Escute Bons Caminhos, a linda mensagem de Ano Novo.
Obra de Sérgio Barros, disponível para gravações e trilhas sonoras na Cedro Rosa.
Bons Caminhos, de Sergio Barros, by Cedro Rosa
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Repertório Cedro Rosa, disponível para trilhas sonoras na Cedro Rosa.
Roda de Samba do Bip Bip / Spotify
Os Grandes Mestres do Samba / Spotify
Videos raros de nosso repertorio ao vivo / Youtube
Sambas para Cantar e Dançar / Youtube
Setores de música e audiovisual geram milhões de empregos e bilhões de dólares no mundo e são segmento estratégico de desenvolvimento
"O setor de conteúdo, é o petróleo da era digital", afirma Tuninho Galante, CEO da Cedro Rosa.
"O que move o conteúdo são a música e o audiovisual. Gigantes que migraram da área de tecnologia para o segmento de conteúdos, como Amazon, Apple e Google estão aí para comprovar", conclui Galante, acrescentando que a Globo acaba de anunciar o investimento de 250 milhões de dólares na GloboPlay.
Música para sincronização em conteúdos. Plataforma digital em 10 idiomas administra músicas para trilhas sonoras.
A Cedro Rosa que criou uma plataforma digital em 10 idiomas que administra direitos musicais de mais de 3000 mil obras e 200 autores.
"Hoje em dia muita gente se autoproduz, mas as obras musicais e as gravações precisam ter os certificados internacionais, chamados ISWC e ISRC, caso contrário não recebem royalties", afirma Tuninho Galante.
E pior, "as produtoras de video, cinema, publicidade e games não licenciam obras sem certificados", conclui Galante.
É muito fácil usar a plataforma. Totalmente gratis, basta apenas e-mail e nome para abrir um perfil. Músicos, cantores, bandas, jornalistas, empresas de midia, produtores de cinema, publicidade, Teatro, TV, etc podem
A indústria da midia e entretenimento como TVs, radios, produtoras de cinema, games, publicidade, streaming e conteudo em geral podem licenciar essas obras devidamente certificadas diretamente no site da Cedro Rosa.
Música para sincronização em conteúdos: Cedro Rosa.
Criativos! é uma revista digital de Arte, Cultura e Economia Criativa e conta com a colaboração de centenas de artistas, criadores, jornalistas e pensadores da realidade brasileira.
Editado pela Cedro Rosa.
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