Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima
Seria bom se pudéssemos em vários momentos da vida "zerar o velocímetro" e começar tudo de novo, do zero. O título deste artigo, emprestado do verso de um belo samba, como é frequente, traz uma profunda lição.
É a lição que precisamos aprender todos, eleitos e eleitores, do que é necessário fazer aqui neste nosso Estado. É também a sensação que tenho quando circulo pela nossa cidade, ou pelo interior do nosso Estado do Rio de Janeiro, e constato as abjetas condições de vida a que relegamos nossos conterrâneos. Uns vivem em mangues, cercados de mosquitos, calor, umidade, infecções. Outros em áreas que a cada chuva maior ou enchente perdem parte dos seus bens, quando não a vida de entes familiares. E há ainda os moradores de encostas sujeitas a deslizamentos, onde todos anos há a quota dos que perdem casas e vidas, convivendo ademais com terríveis situações de risco.
É uma convivência tão grande, tão intima com o horror que funciona como se isso fosse um anestésico para os sentidos. Encarar a realidade , conscientemente, seria inaceitável!
Nao custa muito tambem procurar saber se há meios para resolver estes problemas. Se olharmos para o orçamento do Estado veremos que ele se eleva a uns 60 bilhões de reais por ano. Uma cifra expressiva.
Se olharmos para os gastos recentemente aprovados pelo Congresso Nacional em manobra espúria e criminosa contra o Rio, veremos que, sem a menor necessidade, se impôs à Eletrobras investimentos de 100 bilhões de reais, em gasodutos dispensáveis, além de um acréscimo adicional de uns 5o bilhões anuais em combustível e manutençao de térmicas a gás no Nordeste. Ou seja quase dois orçamentos de investimento e um orçamento de despesas anuais recorrente.
Ai começamos a entender porque criamos esta enorme divida social, impondo este viver miserável a 30 % da nossa população, para atender pressões econômicas e eleitoreiras dos Estados pidões e de seus capitalistas oligarcas.
Um e meio milhões de habitantes vivendo como animais viviam na idade média. Em chiqueiros. Às nossas vistas. Necessidade de 500.000 residências para eles. A 100 mil reais cada residência isto é 50 bilhões. Quando comparamos isso com os números acima devíamos ter vergonha. Parar tudo. Recomeçar do zero. Distribuir as verbas de forma diferente. Combater além da corrupção, a burrice, o egoísmo, a falta de compaixão.
*nota: a música do título do atigo chama-se Volta po Cima, do compositor e cientista Paulo Vanzollini
Músicas em homenagem ao combalido Rio de Janeiro
Música de gente pta do Basil
Música: registro e distribuição mundial.
Cedro Rosa Digital cria Plataforma mundial de Música, em 10 idiomas,
para gerir direitos autorais e licenciar músicas, em parceria com grandes players mundiais.
Conheça mais de 3 mil músicas certificadas.
Veja como participar aqui.
Comments