Independência!
Outro dia, arrumando uns livros antigos, desses de capa linda e imponente, toda trabalhada em couro e por isso, um pouco assustadores, sérios e pesados demais, resolvi abrir um e comecei a ler um livro de Luís Edmundo, jornalista, poeta, cronista, teatrólogo e orador brasileiro (1878 - 1961).
Era um livro que parecia destinado a ficar enfeitando a prateleira mas que, como dizem alguns, “me escolheu” e naquela de ver do que se tratava, eu comecei a ler e não parei mais.
"A corte de D. João no Rio de Janeiro” é escrito num português antigo e portanto riquíssimo de palavras e expressões hoje praticamente desconhecidas, em ortografia anterior às reformas e portanto mais próximo da origem das palavras.
Apesar disso, descreve da forma mais interessante, contemporânea e leve possível, com bastante humor e ironia, o alvoroço que foi, tanto em Portugal a saída inesperada, quanto no Brasil a chegada repentina da corte portuguesa com pelo menos 700 pessoas (alguns dizem até 11.000) entre príncipes, princesas, infantes, marqueses, condes, mas também, camareiras, damas de honra, "açafatas", "manuseias", “retretas”, moças de lavar, moções de quarto, famulos (criados), fâmulos agaloados, empregados de empregados, maneiros, esmoleres, confessores, enfim, um mundaréu de gente que despencou de uma hora para outra numa cidade de madeireiros, exploradores rurais, comerciantes de escravizados e embrutecidos.
Enquanto os portugueses ficaram furiosos e humilhados por serem abandonados por sua família real, que se retirava (fugindo de Napoleão), carregando quadros, jóias, dinheiro, tesouros e tudo o que puderam levar, os brasileiros se viram obrigados a encontrar lugar para acomodar uma rainha louca, um regente alienado e uma “augusta" família que de longe, na imaginação e fantasia de todos, eram maravilhosos e poderosos, mas que de perto eram um bando de pessoas afetadas, soberbas, melindrosas, desconfiadas e mal acostumadas.
Não existia na cidade uma morada "digna de tão nobre família" e o Vice-rei, Conde dos Arcos, teve que se virar para arrumar acomodação, pedindo daqui e dali, entre todos os ricos que conhecia, casas, terrenos, tecidos, móveis, roupas de cama, talheres, cavalos, carroças, enfim, tudo o que fosse possível arrumar para agradar o Regente e sua família.
Olhando ao redor ele achava tudo feio, triste, selvagem, sujo. As ruas eram esburacadas e cheias de animais soltos, empoeiradas, e por onde olhava, ele tremia de vergonha pois achava o pais indigno de receber a corte européia.
Me pareceu que vem daí, esse tão falado e perigoso “complexo de vira-latas” citado por Nelson Rodrigues. A elite brasileira nasceu admirando uma corte estrangeira e desprezando o seu próprio país, sua própria casa, sua própria cidade. Ganham dinheiro aqui para gastar "la fora". Não vão ao teatro aqui mas vão la fora.
Os artistas, intelectuais e cientistas têm que fazer sucesso la fora para serem reconhecidos aqui, e agora chego aonde eu queria chegar: Penso que o fascínio que muitos sentiram e alguns ainda sentem pelo Ignóbil ex- presidente que tivemos, se dá ao fato de que ele é branco, ligeiramente alourado e tem feições que poderiam ser estrangeiras.
Os mais jovens, me parece, estão acordando, mas para os mais antigos ou menos esclarecidos, só é bom o que vem de fora. Pode ser de qualquer lugar, mas tem que vir de fora. Fomos dominados por muito tempo e o problema do dominado é que ele se ajoelha e aplaude o dominador.
Enquanto o Brasil não apreciar o brasileiro, não será capaz de ser totalmente independente. Só então começaremos a fazer, a fabricar, a consumir nossos próprios produtos e cultura.
Independência é saber que a gente é autossuficiente.
Inovação em Filmes e Séries Musicais
A Cedro Rosa Digital tem se destacado como uma força inovadora na produção de filmes e séries musicais, aproveitando os incentivos da Agência Nacional do Cinema (ANCINE) para promover projetos que valorizam a cultura musical brasileira. Entre os projetos mais notáveis estão "+40 Anos do Clube do Samba", "Partideiros 2" e a minissérie "História da Música Brasileira na Era das Gravações". Esses projetos não só celebram a rica tradição musical do Brasil, mas também geram empregos e renda para centenas de profissionais da indústria criativa.
Projetos Destacados
+40 Anos do Clube do Samba: Em co-produção com a TV Cultura de São Paulo, este filme celebra mais de quatro décadas de um dos movimentos mais influentes do samba, reunindo depoimentos e apresentações de grandes nomes que ajudaram a moldar o gênero.
COMO APOIAR!
( qualquer valor )
Depósito direto na Conta do Projeto + 40 ANOS DO CLUBE DO SAMBA
Banco do Brasil - Banco: 001 - agência: 0287-9
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Partideiros 2: Esta continuação do aclamado "Partideiros" explora ainda mais o universo do samba, destacando grandes nomes do gênero e novas revelações. A série oferece uma imersão profunda na cultura do samba, suas origens e seu impacto na sociedade brasileira.
História da Música Brasileira na Era das Gravações: Esta minissérie detalha a evolução da música brasileira desde a introdução das gravações fonográficas, oferecendo uma visão abrangente e educativa sobre como a música gravada moldou a identidade cultural do país.
Patrocínios Incentivados
Empresas e indivíduos interessados em apoiar esses projetos podem fazê-lo através de patrocínios incentivados pela ANCINE, que permitem a dedução de 100% dos valores patrocinados no imposto de renda. Este mecanismo não só facilita o financiamento de projetos culturais, mas também proporciona benefícios fiscais significativos para os patrocinadores.
Certificação e Distribuição Musical: Garantindo Direitos Autorais
Além de sua atuação na produção audiovisual, a Cedro Rosa Digital tem se destacado no campo da certificação e distribuição musical. Utilizando tecnologias avançadas e uma rede global, a Cedro Rosa assegura que os criadores tenham suas obras registradas e recebam os devidos direitos autorais, independentemente de onde suas músicas sejam tocadas.
Impacto Global
A Cedro Rosa Digital certifica e distribui internacionalmente obras e gravações musicais, garantindo que compositores independentes de todo o mundo possam monetizar suas criações. Esta abordagem inovadora tem ajudado inúmeros artistas a receberem royalties e direitos autorais, fomentando um ambiente onde a criatividade é devidamente recompensada.
Contribuição para a Economia Criativa
A atuação da Cedro Rosa na certificação e distribuição musical não só beneficia os artistas, mas também contribui significativamente para a economia criativa. Ao garantir que os criadores sejam remunerados, a empresa promove um ciclo sustentável de produção cultural, incentivando novos talentos e a contínua criação de conteúdos originais.
A Cedro Rosa Digital, com sua dupla atuação na produção audiovisual e na certificação musical, emerge como um pilar fundamental na promoção e preservação da cultura musical brasileira. Seus projetos incentivados pela ANCINE não só celebram a rica tradição musical do Brasil, mas também oferecem uma plataforma para que novos talentos sejam reconhecidos e recompensados globalmente. Ao combinar inovação tecnológica com uma profunda apreciação pela cultura, a Cedro Rosa Digital continua a liderar o caminho para um futuro onde a criatividade é valorizada e sustentada.
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