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Foto do escritorLais Amaral Jr.

Ainda estou aqui. Já vimos esse filme



Hoje eu resolvi chover no molhado. Também quero comentar o maravilhoso filme Ainda estou aqui, de Walter Salles, a partir do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Há tempos não sentia o cinema nacional em toda a sua grandiosidade. A forte atmosfera que emana da telona me absorveu de imediato. Tudo no filme mexe com o espectador. Vamos do encantamento, à sensação de repugnância, passando pela raiva, pela satisfação, pelo pavor. Até às lágrimas, claro. 


As emoções vêm voando, tocando em coisas familiares às que percebi no início da fase adulta. A emoção pela conhecida e terrível história do deputado Rubens Paiva. Emoção pela imensa obra de arte que é esse filme. E emoção pela interpretação de Fernanda Torres (o que é aquilo, minha gente? Por favor entreguem o Oscar, a Palma de Ouro, o Kikito, o Leão de Ouro, todos os troféus possíveis para essa estupenda atriz).   


E as premiações estão chegando. Em Veneza foram duas: melhor roteiro, para Murilo Hauser e Heitor Lorega e o maior deles, a aclamação a Fernanda Torres, com as lágrimas do público acompanhadas de dez minutos de aplausos. Ainda vem mais. A Academia Brasileira de Cinema escolheu o filme para representar o Brasil na categoria de melhor filme estrangeiro na disputa do Oscar, no ano que vem.


No final do filme, aparece a ‘Fernandona’, que show. Talvez a única vez que Fernanda Montenegro interpreta sem precisar decorar o texto. As expressões faciais falavam pela personagem. Eu dei a minha viajada habitual, imaginando o público no exterior, que não conhece o elenco, aplaudindo o trabalho da maquiadora ao deparar com Fernanda Torres envelhecida, cabelos muito brancos, para só então, nos créditos, ser informado da participação, especialíssima, da deusa do teatro brasileiro, a mãe da protagonista do filme, na vida real.


Aplausos, sim, ao trabalho de maquiagem que acompanhou a passagem do tempo de forma elogiável, na vida de dona Eunice Paiva. Parabéns a Marisa Amenta e sua equipe e, obviamente, parabéns a todos, técnicos e elenco que ainda trouxe o irretocável Selton Mello.


Devo registrar que assisti ao filme logo na semana de lançamento, num cinema no Resende Shopping. Que não refletiu o sucesso bombástico de bilheteria em todo o país, liderando já na primeira semana. Na sessão que assisti, os expectadores eram em torno de dez gatos pingados. Incluindo eu e Mariza.


Resende é assim. Uma cidade conservadora, com um pé na fazenda e outro na Academia.  Mas valeu a distribuição trazer o filme até nós, no extremo sul fluminense.


Obrigado às maravilhosas Fernandas, a Walter Salles, a Selton Mello e a todos do filme, por nos reacender o orgulho de ser brasileiros.


Mas a arte que nos redime, também é um discurso de cobrança, a nós, sociedade. Os algozes de Rubens Paiva e, de tantos outros, não foram punidos. Diferente do que ocorreu em alguns países do nosso continente.


A tentativa de explodir a sede da nossa suprema corte, semana passada em Brasília, logo-logo estará sendo vista como um ato tresloucado e isolado, exótico. As classificações habituais. Parece que esse pesadelo, ainda está em cartaz. Brindemos ao filme de Walter Salles, à memória, e nunca ao esquecimento. Anistia jamais!! 


 

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