24 de agosto
24 de agosto às 6 horas da manhã, minha família estava reunida em frente de um rádio poderoso ouvindo as notícias que viam do Palácio do Catete e do Ministério da Guerra na Praça XV, no Centro do Rio de Janeiro; era o ano de 1954. Por imposição do comando militar reunido no Centro, Getúlio Vargas com 73 anos tinha concordado em solicitar uma licença da presidência do Brasil.
19 dias antes a guarda pessoal do presidente, sob a chefia de Gregório Fortunato sem, sem dúvidas o conhecimento do presidente, tinha praticado um atentado ao jornalista Carlos Lacerda para calá-lo e puni-lo. O atentado tinha falhado, mas matado o Major Rubens Vaz, oficial da aeronáutica, guarda-costas do jornalista. A aeronáutica tomou a frente das investigações do incidente sem consulta ao governo. Estabeleceu-se a República do Galeão. A situação tornou-se incontrolável e os oficiais generais se reuniram no centro do Rio para pressionar pela saída do presidente na noite do dia 23 de agosto.
Os militares que lideravam o movimento eram os generais Cordeiro de Farias e o brigadeiro Eduardo Gomes, originário do Exército, o general Canrobert Pereira da Costa e o Ministro da Guerra General Zenóbio da Costa, que foi incumbido de levar a imposição a Vargas. A família Vargas nunca o perdoou por esta traição.
Getúlio Vargas reunido com a família e seu ministério onde se destacava Tancredo Neves ministro da justiça, concordou, com a licença temporária, subiu ao seu quarto e matou-se 2 horas depois. Sabia que não voltaria ao governo depois da licença. Deixou uma carta datilografada com um libelo brilhante sobre as causas de sua decisão e um bilhete manuscrito para a família.
Getúlio não batia à máquina – A carta testamento teria sido escrita e datilografada pelo Ministro Macedo Soares dias antes. “Saio da vida para entrar na história”; deixo o legado de minha morte.
O cortejo de seu caixão do Catete ao Santos Dumont onde embarcaria para Porto Alegre, foi a maior concentração popular de nossa história.
Getúlio, um suicida de prontidão, inverteu os acontecimentos, com um tiro de revolver de baixo calibre.
Não fora dessa vez que os tenentes tiveram uma vitória definitiva contra os farroupilhas do lenço vermelho, tiveram que aguardar 1964.
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