Ótima música e encontros adoráveis na Montanha Mágica
Geralmente meus textos aqui na Criativos tem ligação com a música. Com músicos. Cantores. Ou o que vem a partir disso. Mas esta semana vou falar de um domingo meio mágico. Tem música e músicos, sim. E do mais alto nível. Mas o personagem foi o domingo. Como já disse eu moro em Resende, no Sul Fluminense. O que não tem nada de especial. Mas para quem não sabe, a cidade fica aos pés da Serra da Mantiqueira, onde se acomoda a charmosa Visconde de Mauá.
Nesse domingo subi a serra para assistir à apresentação de uma dupla assombrosa no manejo das cordas de aço e de nylon. Respectivamente o argentino Victor Biglione e o virtuose, Marcel Powell, que consegue ter sempre, uma desenvoltura impecável e segura, mesmo com a responsabilidade de carregar um sobrenome desse peso. Os dois se apresentaram na véspera em Penedo, no Winter Jazz e agora estavam ali, a poucos palmos de distância de nós, mortais, numa dessas saborosas manhãs musicais de domingo no Centro Cultural Visconde de Mauá, comandado pela incansável batalhadora pelas artes e pela cultura na montanha, que é a guerreira Márcia Patrocínio.
E a dupla arrepiou num passeio musical por um repertório amplo. Desde ‘The Shadow of Your Smile’ - que me fez recordar dona Zoraide, minha saudosa mãe, passando por emocionante leitura de ‘Manhã de Carnaval’ de Luiz Bonfá, até ao delicioso ‘Samba da Benção’, que contou com a participação do ator André Whately que foi pinçado da plateia pelo Marcel para salpicar textos do grande Vinícius de Moraes, na canção. Um recital de altíssimo nível, e pago com a contribuição voluntária dos participantes. E no final, quem assistia do lado de fora da sala, era Zé Paulo Becker, outro craque das cordas, que foi dar um abraço no Marcel. Coisas que acontecem na montanha.
E falando em coisas que acontecem na montanha, vejam esse enredo: o casal amigo Maurício e Cristina, foi na véspera assistir no ‘Sol Maior’, aquela casa linda ao lado da Ponte dos Cachorros, a um tributo a Rita Lee protagonizado pela ‘Banda Liberdade’, do Leandro Souto Maior, da Casa Beatles. Chegando lá, plateia inchada, sobraram dois lugares ao lado de um casal desconhecido. Ele, também Maurício e ela, Letícia. O casal é de Varginha e estava há dois dias em Visconde de Mauá, em Lua de Mel. De repente os quatro estavam entrosados com muitas afinidades: política, música, bebidas. No dia seguinte marcaram encontro na ‘Aldeia dos Imigrantes’, onde está o Centro Cultural que citei acima. Chegamos, eu e Mariza, e adoramos encontrar os amigos Maurício e Cristina que não víamos há tempos e logo, também adotamos o casal mineiro, Maurício e Letícia. Coisas da montanha.
Almoçamos em Maringá, outra vila de Visconde de Mauá. Depois saímos flanando pela localidade. Atravessamos a pequena ponte até Maringá de Minas, município de Bocaina, logo, ali, na outra margem do Rio Preto. As mulheres entrando nas lojas, até que paramos num simpático café. De repente olho lá pra fora na rua e vejo um rosto adoravelmente familiar. Fui até ele. O poeta Vitor Loureiro, que não via há uns vinte anos. Nos abraçamos, claro. Vitor é um irmão poeta, dos tempos em que eu morava em Nova Iguaçu. Trabalhamos juntos num jornal e vagamos por incontáveis noites e madrugadas de orgia e poesia por um bom tempo de nossos verdes anos. Vitor toca num grupo aos sábados na ‘Tasca Corujinha’, em Copacabana. Ele e sua companheira Beth se juntaram a nós no café e rimos muito, matamos um pouco da saudade e de repente, já éramos todos amigos de infância, os três casais. Um time entrosado. Se combinado, não teria dado tanto certo. Coisas dessa montanha mágica que eu amo, que é Visconde de Mauá.
“Manhã, tão bonita manhã De um dia feliz que chegou O sol no céu surgiu E em cada cor brilhou
Voltou o sonho então Ao coração” (Manhã de Carnaval – Luiz Bonfá)
Arte, Cultura, Economia Criativa
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